Por bianca.lobianco
Rio - Donald Trump não esperou muito para bater de frente com a imprensa. No dia seguinte à sua posse como presidente, ele chamou os jornalistas de ‘desonestos’. Ontem, o chefe de Gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, disse que a nova administração não vai aceitar tentativas de deslegitimar o novo mandatário por parte da mídia.
Trump%2C na Casa Branca%2C com o vice%2C Pence%3A ‘Jornalistas estão entre os seres humanos mais desonestos da Terra’Efe

A ira do novo governo foi despertada pelas informações de que a multidão que acompanhou a posse de Trump foi muito menor do que aquela que esteve na posse do presidente Barack Obama, oito anos atrás. As avaliação foi publicada por diferentes veículos e facilmente comprovada por fotos aéreas.

Trump visitou a sede da Agência Central de Inteligência (CIA), em Virgínia, no sábado. Ali, discursou criticando a cobertura da posse pela imprensa, quando disse que os jornalistas estão “entre os seres humanos mais desonestos na Terra”.
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O novo presidente americano culpou os jornalistas pelo mal estar entre ele e os órgãos de inteligência dos Estados Unidos. Depois, disse que os jornalistas subestimaram deliberadamente o número de pessoas que compareceu à sua posse.
Trump afirmou que pelo menos 1,5 milhão de pessoas compareceram à festa que marcou o início de seu governo. Os jornais dos Estados Unidos se apressaram a desmentir a afirmação com imagens que não deixavam espaço para dúvidas.
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Mais tarde, na Casa Branca, Trump pediu que seu secretário de imprensa, Sean Spicer, reiterasse suas declarações. No primeiro briefing com os jornalistas, Spicer repetiu, sem disfarçar a irritação, as afirmações de que os jornalistas erraram a contagem sobre a multidão presente na posse. Ele acrescentou que a imprensa deliberadamente computou um número menor.
Os âncoras das TVs americanas rapidamente reagiram. Um deles, Chris Wallace, do Fox News Sunday, disse que Trump deu declarações ‘totalmente erradas’ e que era preciso discutir sobre a “honestidade do presidente”. 
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Papa está cauteloso
“Não gosto de antecipar-me aos acontecimentos. Vamos ver o que faz”, disse o papa Francisco em sua primeira entrevista após a posse de Donald Trump. concedida ao jornal espanhol El País. “Não podemos ser profetas de calamidades”. Perguntado sobre a eleição do magnata, ele comentou: “O discernimento não funciona em tempos de crise”. Francisco já criticou os planos de Trump de construir um muro na fronteira mexicana.
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Já o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que a eleição de Donald Trump marca o fim de uma era. Ele disse que a mudança de poder traz ‘incertezas e dúvidas’, mas muito mais está em jogo ‘nestes tempos de uma nova desordem global’. Ele disse ter certeza de que a Alemanha vai ‘encontrar interlocutores em Washington’.