Quito - Um tribunal de Garantias Penais do Equador aceitou na quarta-feira uma solicitação da Promotoria para que bloqueiem pagamentos pendentes à construtora Odebrecht, enquanto durem as investigações sobre a trama de pagamentos de propinas para funcionários públicos. O juiz de Garantias Penais, Gustavo Brito, aceitou o pedido e ordenou que a Refinaria do Pacífico e a Empresa Pública de Água se abstenham de pagar mais de US$ 40 milhões para a construtora.
O magistrado ordenou o bloqueio de tais pagamentos enquanto durem as investigações sobre a atuação da construtora. Em um "ato urgente", a Promotoria equatoriana solicitou que a Refinaria do Pacífico e a Empresa Pública de Água, que têm contratos com a Odebrecht, que "se abstenham de realizar qualquer tipo de pagamento".
"As contas a pagar que as duas empresas têm pendentes com a Odebrecht somam mais de US$ 40 milhões", indicou o promotor do caso, Wilson Toainga, em comunicado divulgado pela Promotoria.
O objetivo da solicitação é garantir uma possível indenização, já que se considera que a Odebrecht pagou US$ 35,5 milhões em propina no Equador, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. "Esta é a segunda medida urgente solicitada pela Promotoria neste caso", já que no final do ano passado, um juiz aceitou um pedido para que se proíba a assinatura de novos contratos com a construrora, enquanto durem as investigações.