Pequim - O governo chinês propôs, nesta quarta-feira, um pacto aos Estados Unidos e à Coreia do Norte para conter o recente aumento das tensões e evitar uma “colisão frontal”. O ministro das Relações Exteriores do país, Wang Yi, sugeriu que Pyongyang suspenda seus testes de mísseis em troca de Washington e Seul cessarem suas manobras militares, e então, voltarem à mesa de negociações.
Já na ONU, em tom nem um pouco amistoso, a embaixadora Nikki Haley afirmou que os EUA “consideram todas as opções sobre a mesa”. A prioridade da China é “acender a luz vermelha e colocar o freio”, ressaltou o chanceler, poucos dias depois do último teste de mísseis do regime de Kim Jong-un, com o qual o Japão e EUA consideraram que a Coreia do Norte entrou em nova fase de ameaça.
“Ambas as partes são dois trens que aceleram, se dirigem em direção ao outro, e ninguém quer deixar passar. A pergunta é: estão realmente preparados para uma colisão frontal?”, manifestou Wang.
O chanceler dedicou críticas a ambas as partes: por um lado, condenando os testes norte-coreanos, que “ignoraram a oposição da comunidade internacional” e, por outro, as atividades militares dos EUA e Coreia do Sul, que acrescentam pressão a Pyongyang. “As armas nucleares não oferecem segurança. O uso da força não levará à solução”, resumiu o ministro.