Por thiago.antunes

Paris -A três dias de começar a escolher seu novo presidente, o povo francês voltou a ser vítima do terror — e o atentado pode mudar os rumos do pleito de domingo, um dos mais acirrados da história. O Estado Islâmico assumiu na noite desta quinta-feira a autoria do ataque contra policiais na Avenue de Champs Elysées, a mais famosa de Paris. Um agente foi morto e dois ficaram feridos com gravidade, além de um pedestre. Pelo menos dois homens participaram do ataque. Um foi morto, e o outro fugiu.

Passava das 21h em Paris (16h no Brasil) quando um carro parou ao lado de uma viatura estacionada na calçada da Champs Elysées, a poucos metros do Arco do Triunfo. Um homem saltou com um fuzil e abriu fogo contra um policial, que morreu na hora. O terrorista então mirou em outros dois agentes, que revidaram e abateram o agressor. Bala perdida acertou um pedestre.

Conhecida pelos restaurantes%2C lojas e cafés%2C a Champs Elysées ficou fechada por horas após o atentadoEfe

Terrorista conhecido

O autor dos disparos já tinha sido fichado pelos serviços de inteligência franceses como alguém “radicalizado”, mas a identidade não foi revelada para não atrapalhar as investigações. A Amaq, agência vinculada ao Estado Islâmico, afirmou, no entanto, que o “soldado” era “Abu Youssef, o belga”. A investigação foi passada à Seção Antiterrorista da Procuradoria de Paris.

Em fim de mandato, o presidente François Hollande, declarou que todas as pistas apontam para um “caráter terrorista”. Hollande convocou um Conselho de Defesa para a manhã de hoje. O presidente lembrou que o nível de vigilância no país é máximo e que assim continuará, sendo de forma especial, durante o período eleitoral.

Hollande enviou ainda mensagem de condolências e solidariedade aos familiares do agente abatido e dos feridos e garantiu que será organizada uma “homenagem nacional” ao falecido.

“O apoio da nação é total. Há que fazer o possível para que esses policiais, agentes e militares possam exercer sua missão. O princípio de base é a confiança, a solidariedade e o apoio da nação às forças de segurança”, frisou.  Líderes nas pesquisas eleitorais, Emmanuel Macron e Marine Le Pen anunciaram a suspensão das atividades de campanha para esta sexta-feira

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