O governo da Bolívia pedirá ao Brasil e ao Paraguai a realização de uma reunião “de alto nível” para avaliar a atuação de membros da facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC) em recentes assaltos ocorridos nos três países. Além da troca de informações, o encontro, segundo as autoridades bolivianas, permitirá a tomada de decisões conjuntas.
“Vamos pedir às autoridades brasileiras e paraguaias uma reunião para decidir sobre os casos de roubos na região”, anunciou, nesta segunda, o ministro de governo da Bolívia, Carlos Romero. O pedido oficial, no entanto, ainda não foi encaminhado à embaixada da Bolívia no Brasil, a quem compete contactar o Itamaraty.
A preocupação das autoridades bolivianas decorre das semelhanças entre um roubo a carro-forte no último dia 30, na cidade de Roboré, próximo à fronteira com o Brasil, e o milionário assalto à sede da empresa de transportes de valores Prosegur, em Ciudad del Este, no Paraguai, na segunda.
Tanto os órgãos de segurança pública da Bolívia, quanto os do Paraguai, acusaram a participação de brasileiros, integrantes do PCC, nos violentos ataques. Na Bolívia, criminosos roubaram um carro-forte da empresa Brinks, no último dia 30.