Washington - A corrida armamentista nas Coreias subiu de nível nesta quarta-feira. Enquanto Washington e Seul aumentaram o calibre dos exercícios militares, Pequim, único aliado de Pyongyang, exibiu, como quem não quer nada, o primeiro porta-aviões ‘made in China’. Com pompa, a Marinha chinesa apresentou o 001A no estaleiro de Dalian.
O colosso se junta ao Liaoning, construído na antiga União Soviética e comprado da Ucrânia, reformado e integrado em 2012. O novo porta-aviões tem 315 m de comprimento, 75 m de largura e uma velocidade de cruzeiro de 31 nós. Mas a China só deve usá-lo em 2020, já que ainda precisa concluir a parte elétrica e treinar os pilotos e tripulação.
Também nesta quarta, forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos realizaram uma de suas maiores manobras conjuntas com fogo real já efetuadas até então, um dia após a realização por parte da Coreia do Norte de um grande exercício de artilharia.
Participaram 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e 2 mil militares, que simulam uma resposta-relâmpago a um ataque norte-coreano sobre postos de guarda da Coreia do Sul. Também foram implantadas várias unidades de lança-foguetes múltiplos M270 dos EUA, um temido lançador motorizado e blindado que disparou diversos mísseis.
Paralelamente, as tropas dos Estados Unidos começaram a instalação de escudo antimísseis na Coreia do Sul, entre protestos da população local, que se opõe à implantação deste sistema, projetado para interceptar mísseis norte-coreanos.
Enquanto as forças americanas na Coreia não anunciaram ou emitiram comunicados sobre a operação, um porta-voz do Ministério de Defesa sul-coreano confirmou que a instalação começou perto de Seongju.
Projetadas para abater mísseis em altas altitudes, as baterias do THAAD incluem seis lançadores autopropulsão (cada um com 50 mísseis interceptores) e uma unidade de controle de lançamento e comunicações conectadas a potente sistema de radar de longo alcance.
