Por rodrigo.sampaio

Washington - O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que tem o "direito absoluto" de compartilhar informação com a Rússia porque quer que Moscou "intensifique sua luta" contra o Estado Islâmico (EI) e o terrorismo.

Trump respondeu assim em sua conta no Twitter ao jornal "The Washington Post", segundo o qual o governante revelou recentemente informações secretas sobre o EI ao ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, o que foi desmentido pela Casa Branca.

Após jornal dizer que Trump revelou segredos do EI com ministros russos, presidente dos EUA se defendeu no Twitter, dizendo ter "direito absoluto" de compartilhar informações com a RússiaEfe

"Como presidente, queria compartilhar com a Rússia (em uma reunião programada oficialmente na Casa Branca), o que tenho o direito absoluto de fazer, fatos relacionados com o terrorismo e a segurança de voo das linhas aéreas", escreveu Trump.

"Quero que a Rússia intensifique sua luta contra EI e o terrorismo", acrescentou ao explicar os motivos.

Segundo o jornal, Trump proporcionou a Lavrov informações relacionadas com a possibilidade de os jihadistas utilizarem laptops para realizar algum tipo de ataque terrorista em voos comerciais, afirmações às quais assessor de segurança nacional da Casa Branca, o tenente-general H.R. McMaster não fez referência.

Esta informação foi facilitada por um país aliado dos EUA e seu conteúdo é tão secreto que nem sequer outros parceiros receberam esse tipo de dado, segundo as fontes citadas pelo jornal.

Pouco depois da publicação, a Casa Branca chamou de "falsa" a informação do "The Washington Post".

"O artigo é falso", apontou em um breve comparecimento McMaster, afirmando que Trump não revelou "fontes, métodos ou operações militares" a Lavrov.

"Eu estava lá, não ocorreu", insistiu McMaster, que no entanto admitiu que Trump e Lavrov falaram sobre um "leque de ameaças comuns" incluindo "ameaças à aviação comercial".

Também participou do encontro entre Trump e Lavrov realizado na quarta-feira o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que, na mesma linha que McMaster, negou ambos tenham conversado sobre "fontes, métodos ou operações militares".

Nem McMaster e nem Tillerson negaram que Trump revelou informação secreta a Lavrov em suas reações ao artigo.

Você pode gostar