Manchester - A polícia de Manchester prendeu, na manhã desta terça-feira, um homem, de 23 anos, suspeito de participar de um ataque que deixou pelo menos 23 pessoas mortas e 59 feridas na saída do show da cantora pop Ariana Grande. A identidade do preso não foi revelada.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse hoje que a política britânica e profissionais de segurança da cidade de Manchester acreditam ter identificado o aparente homem-bomba. May referiu-se ao ataque como uma "covardia espantosa e doentia" e um dos piores que o Reino Unido já viu. A premiê também afirmou que o momento escolhido pelo autor do ataque tinha intenção de causa "máxima carnificína".
Ataque
Duas explosões ouvidas durante o show de Ariana Grande, em Manchester, na Inglaterra, causaram pânico e correria na noite desta segunda-feira. As explosões teriam ocorrido ao fim da apresentação, próximo a bilheteria da Manchester Arena, quando a artista terminava sua última música.
De acordo com a polícia de Manchester, o incidente está sendo tratado como um atentado terrorista. Diversos registros do pânico passado por fãs que acompanhavam o show da cantora foram publicados no Twitter. Nas imagens, pessoas ensanguentadas aparecem correndo e pedindo socorro. Em outras imagens feitas após o tumulto, o local aparece lotado de profissionais do serviço de emergência e policiais britânicos.
A estação de metrô, que fica próximo à Arena Manchester, onde a apresentação acontecia, foi fechada por medidas de segurança. "Todo mundo estava gritando e correndo, o chão estava repleto de casacos e telefones celulares. As pessoas simplesmente jogavam tudo", contou à rede de televisão BBC Robert Tempkin, de 22 anos.
Majid Khan, de 22 anos, descreveu à agência de notícias Press Association que a explosão aconteceu logo após a última música apresentada pela cantora, quando o público começava a deixar a arena.
"Houve uma explosão, e todas as pessoas que estavam do outro lado do ginásio começaram a correr de repente porque tentavam sair para (a rua) Trinity Way", afirmou. Essa saída "estava bloqueada, por isso todo mundo corria para encontrar qualquer saída o mais rápido possível", acrescentou.
Outra testemunha contou que pouco depois que a cantora se despediu do público, "as luzes se acenderam, houve grandes estrondos e as pessoas começaram a correr e gritar". "Entramos em um elevador para o andar de cima, para as saídas. Quando as portas se abriram, vi sangue no chão e duas pessoas feridas. Tinha sangue em todo o seu rosto", disse.
A primeira ministra do Reino Unido já havia publicado uma declaração oficial prestando solidariedade às vítimas. "Estamos trabalhando para estabelecer os detalhes completos do que está sendo tratado pela polícia como um terrível ataque terrorista. Nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias"
Com informações da Agência EFE e Agência Estado