Rio - Líderes políticos de diversos países europeus e asiáticos, assim como o Papa Francisco, condenaram na manhã deste domingo os ataques terroristas realizados na noite de ontem em Londres, que deixaram ao menos 7 mortos e 50 feridos.
O papa ofereceu orações para as vítimas durante a missa realizada neste domingo. Na cerimônia, Francisco pediu para que o Espírito Santo "conceda paz ao mundo e cure as feridas da guerra e do terrorismo, que também ontem à noite, em Londres, atingiram vítimas inocentes".
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, expressou sua solidariedade ao povo de Londres e declarou em um comunicado neste domingo que "hoje estamos unidos além das fronteiras, em horror e tristeza, mas também em determinação". Destacou, ainda, que "na luta contra toda forma de terrorismo, (a Alemanha) se mantém firme e determinada ao lado do Reino Unido".
A família real da Espanha publicou em seu perfil no twitter que "o povo britânico vai superar a barbárie e a insensatez". "Estamos unidos hoje na dor e em nossa incansável defesa da liberdade", acrescentou. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores espanhol, um cidadão espanhol está entre os feridos nos ataques.
O premiê italiano Paolo Gentiloni, que recebeu o G7 na Sicília no fim de maio, quando o grupo prometeu novas medidas para combater o terrorismo, também escreveu em seu perfil no twitter. "Solidariedade com o governo britânico e esforço compartilhado contra o terrorismo; estamos unidos em memória às vítimas".
Ainda na Europa, o presidente russo Vladimir Putin declarou que o ataque na London Bridge é "chocante em sua crueldade e cinismo". A declaração foi feita em um telegrama de condolências enviado à primeira ministra britânica Theresa May, segundo informações do site do governo da Rússia. Ainda no telegrama, Putin expressou sua "confiança de que a resposta ao incidente deve ser a escalada de esforços conjuntos na luta contra as forças do terror em todo o mundo".
Na Ásia, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã condenou o que considerou "ataques terroristas". A TV estatal do país reportou que o ministro Bahram Ghasemi condenou o terrorismo em "todas as formas e aspectos, independentemente da finalidade e do motivo".
Também o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, declarou por meio do porta-voz Ernesto Abella que "atos como este afetam não somente o povo de Londres, mas também todos aqueles da comunidade internacional que prezam pela paz". O governo da Indonésia, país que conta com a maior população islâmica no mundo, condenou os ataques e reafirmou seu apoio e solidariedade ao Reino Unido em seus esforços para combater o "radicalismo e o terrorismo".
O primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, também condenou os ataques e declarou em comunicado que eles causaram "choque e angústia" e que "seus pensamentos estavam com as famílias dos falecidos".
Governos de outros países do mundo árabe, como Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrain, Oman e Kuwait também publicaram separadamente comunicados condenando os ataques em Londres e declarando seu apoio ao governo britânico. A embaixada da Arábia Saudita no Reino Unido recomendou a seus cidadãos que vivem em Londres para agir com cautela em áreas mais populosas e seguir as instruções da polícia.
Trump critica declaração de prefeito londrino após ataque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma série de posts em seu perfil no Twitter, nesta manhã, criticando o prefeito de Londres, Sadiq Khan, por suas declarações sobre os atentados ontem à noite na capital da Inglaterra. Após Khan ter dito durante entrevista para uma rede de televisão que não havia razão para alarme", Trump publicou: "ao menos 7 mortos e 48 feridos em um ataque terrorista e o prefeito de Londres diz que 'não há razão para alarme'".
A declaração de Khan foi feita para alertar os londrinos sobre uma presença mais intensa da polícia nas ruas. "Não há razão para alarme. Uma das coisas que a polícia e todos nós precisamos é saber que estamos tão seguros quanto é possível", afirmou o prefeito durante a entrevista.
O presidente norte-americano também aproveitou o atentado para voltar a falar de segurança nacional. "Temos de parar de ser politicamente corretos e tratar do problema da segurança para o nosso povo. Se não formos espertos, só ficará pior", afirmou em sua conta no Twitter.
Ontem, logo após os três ataques em Londres, Trump defendeu na rede social as medidas anti imigração que tenta aprovar no país como "uma camada extra de segurança". "Temos de ser espertos, vigilantes e duros. Precisamos que a Justiça nos devolva nossos direitos. Precisamos da suspensão de imigração como uma camada extra de segurança!", declarou.