Washington - Lideranças do mundo árabe reclamaram da postura do Catar em relação ao extremismo religioso durante a visita do mês passado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio, afirmou o republicano nesta terça.
"Durante minha recente viagem ao Oriente Médio, eu declarei que não pode mais haver financiamento para a ideologia radical. Os líderes (presentes) apontaram para o Catar - olhe!", escreveu em seu perfil no Twitter.
Nesta segunda-feira, a Arábia Saudita, Bahrein, Egito e Emirados Árabes Unidos anunciaram o corte das relações diplomáticas com o Catar, argumentando que o país financia extremistas.
Trump aproveitou também para criticar os principais veículos de mídia dos Estados Unidos, afirmando que eles fazem campanha para que o presidente deixe de utilizar as redes sociais para se comunicar com o eleitor.
"Desculpe, rapazes, mas se eu tivesse me apoiado nas notícias falsas da CNN, NBC, ABC, CBS, Washington Post ou do New York Times, teria chance ZERO de vencer a Casa Branca."
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O ministro de Relações Exteriores do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani, afirmou que o país está tentando mediar a crise iniciada nesta segunda-feira, após o anúncio do rompimento de relações de quatro países com o Catar.
A maior crise diplomática no Golfo Pérsico desde 1991 veio em meio a acusações de que o reino do Catar estaria tentando desestabilizar a região e financiando grupos terroristas. O Catar abriga 10 mil soldados americanos e uma grande base militar dos EUA.