O governo da Venezuela interveio hoje na polícia do estado de Miranda, que é governado pelo opositor Henrique Capriles, devido à suposta participação de seus agentes em violações de direitos humanos.
"Fica oficializada a intervenção na corporação de polícia do estado de Miranda depois de avaliar os resultados das investigações", indicou no Twitter o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol.
O ministro assegurou que existem "elementos suficientes de certeza que indicam a participação de agentes em violações de direitos humanos e em organizações criminosas". Reverol também explicou que foi constituída uma junta interventora que, durante 180 dias, terá autorização para realizar uma auditoria integral na corporação policial.
Em comunicado, o Ministério do Interior acrescentou que a junta será composta por cinco pessoas e que a corporação policial será agora dirigida por Regulo Argotte e José Maita, como diretor e subdiretor, respectivamente.
Capriles qualificou a medida de "ataque político à institucionalidade" do estado que ele governa.
O governo interveio em várias corporações policiais nos últimos cinco anos e, mais recentemente, fez o mesmo com a polícia do estado de Lara, no centro-oeste do país, que também é governado por um opositor, Henri Falcón.