Por thiago.antunes

Iraque - A reconquista de Mossul, principal reduto do Estado Islâmico no Iraque, é a mais importante vitória das forças aliadas desde que o grupo extremista se apoderou em 2014 de vastos territórios no país e na vizinha Síria. Apoiada por baterias de bombardeios aéreos da coalizão, a ofensiva reduziu grande parte da cidade a escombros.

Apesar da vitória importante, a retomada de Mossul não marcará o fim da guerra contra o EI, que ainda controla várias zonas no Iraque, incluindo as cidades de Tal Afar (50 km a oeste de Mossul) e Hawija (cerca de 300 km ao norte de Bagdá) e zonas desérticas da província de Al-Anbar (oeste). O grupo extremista também detém territórios no leste e no centro da Síria, apesar de ter perdido terreno desde 2015 — Raqqa é cercado pelas forças aliadas.

Os civis encurralados na cidade viveram ao longo dos últimos meses em condições subumanas, sofrendo com a falta de alimentos, bombardeios e intensos combates, além de serem usados como escudos humanos pelos extremistas. “Muitos não têm mais casa e os serviços essenciais, como fornecimento de água e de eletricidade. Infraestruturas como escolas e hospitais precisam ser reconstruídas”, alertou ontem o Alto Comissariado para os Refugiados.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, declarou ontem que, após a vitória em Mossul contra o Estado Islâmico, a prioridade para o governo é a “estabilidade e a reconstrução”.

Donald Trump também elogiou a reconquista. “A vitória em Mossul demonstra que os dias do EI no Iraque e Síria estão contados”, disse, em nota. Contudo, o tenente-geral Stephen Townsend, comandante da coalizão liderada pelos EUA, alertou que “ainda resta dura luta à frente”.

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