Por thiago.antunes

Caracas - Treze países da Organização dos Estados Americanos (OEA) pediram nesta quarta à Venezuela que suspenda a eleição da Assembleia Constituinte, prevista para domingo. O clima é tenso no país. Um homem morreu em protesto em Mérida. O governo de Maduro descarta a possibilidade de suspender as eleições, que ele afirma serem “o único caminho para a paz” em meio à grave crise política e econômica.

Ativistas jogam bomba caseira contra cordão policial em CaracasAFP

Assinam a petição Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, EUA, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru. Em paralelo, os EUA anunciaram sanções contra 13 venezuelanos, incluindo o ministro da Educação, Elías Jaua; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, e e Iris Varela, da comissão preparatória da Constituinte. As nações indicam que a convocação “implicaria o desmantelamento da institucionalidade democrática”.

O rechaço à Constituinte — segundo o Datanálisis, de 70% — intensificou os protestos iniciados há quatro meses para exigir a saída de Maduro. Foram registrados distúrbios em Caracas e em outras cidades do país, como Maracay, Maracaibo e San Cristóbal, dispersos com bombas de gás lacrimogêneo. Um homem de 30 anos morreu em Ejida. O número de mortos em quatro meses de protestos chega a 104, de acordo com o MP.

Manifestantes fizeram barricadas de lixo e escombros em ruas e avenidas de várias zonas de Caracas, com confrontos sobretudo no leste, no primeiro dia das 48 horas de greve. 

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