Por lucas.cardoso

Bogotá - As armas ficaram para trás. Depois de combaterem o Estado colombiano por décadas, os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) iniciam uma nova fase como civis em zonas que foram de guerra, enquanto se preparam para o lançamento de seu partido político de esquerda.

Esta terça-feira marca oficialmente a conclusão do desarmamento da guerrilha comunista mais poderosa do continente.

Os últimos caminhões com os fuzis entregues à ONU deverão sair das 26 zonas onde as tropas se concentraram desde o início do ano, segundo cronograma acertado com o governo.

"As Farc como organização armada deixaram de existir", proclamou ontem o ministro do Interior, Guillermo Rivera, em uma entrevista.

Durante oito meses, cerca de 7.000 homens, mulheres e crianças entregaram suas armas em postos da ONU. A missão internacional tem até 1º de setembro para localizar os últimos esconderijos com material de guerra.

Em meio século de atividade, o balanço de vítimas da guerrilha é de cerca de 7,5 milhões pessoasReuters

O grupo, que fracassou em sua tentativa de tomar o poder durante meio século de luta, inicia uma nova etapa, depois de selar a paz em novembro passado. Em meio século de atividade, o balanço de vítimas da guerrilha é de cerca de 7,5 milhões pessoas, entre mortos, desaparecidos e deslocados.

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