Por rodrigo.sampaio

Washington - Os Estados Unidos advertiram nesta terça-feira que todas as opções estão sobre a mesa depois que a Coreia do Norte lançou um míssil que sobrevoou o Japão.

Donald Trump e premiê japonês condenaram ataque lançamento de míssil da Coreia do NorteAFP

"As ações ameaçadoras e desestabilizadoras só aumentam o isolamento do regime da Coreia do Norte na região e entre todas as nações do mundo", afirmou a Casa Branca em um comunicado.

O texto assegura que o mundo "recebeu a última mensagem da Coreia do Norte de forma clara e forte: este regime mostra seu desprezo por seus vizinhos, por todos os membros das Nações Unidas e pelos mínimos padrões de comportamento aceitável".

O comunicado reitera as ameaças anteriores do presidente Donald Trump de empregar ações militares ante a atual crise, que incluem a apocalíptica advertência de agir com "fogo e fúria" depois que Pyongyang realizou o teste balístico anterior, há um mês.

Lançamento

Milhões de japoneses acordaram nesta terça-feira com a alarmante mensagem do governo para que procurassem refúgio, porque um míssil norte-coreano sobrevoava o território. Esta foi a ameça mais grave de Pyongyang em muitos anos.

Pouco após o lançamento às 6h (18h de segunda-feira no horário de Brasília), alertas foram enviados por precaução aos smartphones, e as sirenes soaram nas cidades na trajetória do projétil. O artefato passou sobre a ilha de Hokkaido (norte) durante dois longos minutos antes de cair no oceano Pacífico.

Coreia do Norte alega defesa

Ao tomar a palavra durante a Conferência para o Desarmamento, nas Nações Unidas em Genebra, a Coreia do Norte acusou a Casa Branca de estar levando a península coreana à "um nível extremo de explosão".

Para os asiáticos, o governo tem de responder com "medidas duras". "É um fato inquestionável que os EUA estão levando a península coreana a um nível extremo de explosão ao colocar ativos estratégicos de peso na região", disse Han Tae Song, o embaixador norte-coreano.

Para ele, Washington tem agido de forma "provocativa". Segundo o diplomata, a pressão ainda viria por meio de atos como "exercícios de guerra nuclear, além de manter um congelamento nuclear e chantagem por mais de 50 anos".

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