Reino Unido - A morte precoce de uma menina de 13 anos salvou oito vidas no Reino Unido. Jemima Layzell morreu em 2012, vítima de um aneurisma cerebral na véspera do aniversário da mãe. Mas seus órgãos foram para cinco crianças e três adultos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o sistema de saúde britânico anunciou esta semana a iniciativa, que estabeleceu um novo recorde no país. De acordo com as autoridades, a doação de órgãos alcança, em média, 2,6 transplantes, ou seja, três vezes menos que o número de doações feitas pela família de Jemima.
Os pais da menina doaram o coração, o pâncreas, os pulmões, os rins, o intestino delgado e o fígado. "Temos certeza de que ela ficaria muito orgulhosa do seu legado", afirma Sophy Layzell, professora de teatro, mãe da jovem, que confessa a dificuldade de escolher a doação. "Todo mundo quer que seu filho seja especial e único".
Entretanto, dois momentos foram decisivos para a escolha. Semanas antes da morte, os pais conversaram com Jemima sobre o assunto, e a garota, mesmo estranhando a situação, entendeu e se mostrou compreensiva com a medida.
Pouco depois da morte da filha, os pais viram um programa de TV sobre crianças que precisavam de transplante de coração. "Isso nos fez perceber que dizer 'não' seria negar a outras oito pessoas a chance para a vida", afirma Sophy.
O coração, o intestino delgado e o pâncreas foram para três pessoas diferentes. Os rins foram para dois outros pacientes, enquanto o fígado foi dividido e duas pessoas receberam. Os dois pulmões de Jemima foram para o mesmo paciente.
Atualmente, os pais e a irmã da britânica, Amelia, de 17 anos, coordenam a ONG The Jemima Layzell Trust,que ajuda pessoaos com problemas cerebrais e também promove a doação de órgãos.