Por marlos.mendes

China - A China determinou nesta quinta-feira o fechamento de companhias mantidas pela Coreia do Norte no país, o que corta uma fonte de receita no exterior para o isolado regime de Pyongyang. A decisão do regime chinês é tomada para atender as sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas contra os programas nuclear e de mísseis norte-coreanos.

A China é a principal parceira comercial e maior aliada da Coreia do Norte. A cooperação de Pequim é essencial para o sucesso das sanções, voltadas para impedir que os norte-coreanos obtenham mais tecnologia armamentista. A China concordou com as penalidades na ONU, em meio à crescente frustração com o governo do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Negócios e joint ventures da Coreia do Norte com parceiras chinesas precisam fechar dentro de 120 dias a partir da aprovação das sanções no Conselho de Segurança, que ocorreu em 11 de setembro. A decisão do Ministério do Comércio chinês implica, portanto, que esses negócios devem ser paralisados até o início de janeiro.

Empresas norte-coreanas operam restaurantes e outros negócios na China, o que ajuda Pyongyang a obter moeda estrangeira. Funcionários norte-coreanos trabalham em fábricas chinesas e em outras áreas.

Também nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores chinês apelou por diálogo para lidar com a crescente crise entre a Coreia do Norte e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "A questão nuclear da Península Coreana está relacionada à paz e à estabilidade regional", disse um porta-voz do ministério, Lu Kang. "Para romper o impasse as partes relevantes precisam mostrar sua sinceridade."

A China é um membro permanente no Conselho de Segurança e tem poder de veto. O país apoiou as sanções recentes, mas não quer um colapso do governo de Kim. Pequim não concordou, por exemplo, com um veto total às exportações de petróleo para os norte-coreanos. De qualquer modo, a China deve interromper o envio de gás e limitar o de derivados do petróleo a partir de 1º de janeiro, após já ter parado desde setembro de importar carvão, ferro, minério de chumbo e peixes e frutos do mar do país vizinho. 

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