Estados Unidos - A visita que Donald Trump fará ao Japão a partir deste domingo tem aumentado a preocupação dos japoneses em relação às ameaças da Coreia do Norte sobre a utilização de armas nucleares. Eles acreditam que a presença do presidente norte-americano na Ásia pode estimular uma reação do ditador Kim Jong-un.
A Coreia do Norte negou qualquer possibilidade de negociação com o governo norte-americano e ameaçou, inclusive, usar o seu arsenal nuclear. A KCNA, a agência oficial norte-coreana, disse que os Estados Unidos devem esquecer 'a ideia absurda' de abandono das armas nucleares. Trump e Kim Jong-Un trocaram insultos e ameaças nos últimos meses.
Trump deixou Washington na sexta-feira, dando início a sua primeira visita à Ásia desde que se tornou presidente. Ele também planeja visitas à Coreia de Sul, China, Vietnã e Filipinas. A principal pauta será o debate sobre a ditadura norte-coreana. Os Estados Unidos cobram um posicionamento mais enfático de seus aliados asiáticos em relação às ameaças feitas por Kim Jong-un, que inclusive aparentou testar uma bomba de hidrogênio em setembro. Nos últimos testes, mísseis sobrevoaram a ilha de Hokkaido, no norte do Japão.
Neste sábado, na Coreia do Sul, houve manifestações favoráveis e contrárias à presença de Trump no continente. Cerca de 500 pessoas protestaram na capital Seul, acusando os Estados Unidos de incitar a guerra. Entretanto, havia outros 100 manifestantes em apoio a Trump. Ele se reunirá em Seul com o presidente sul-coreano, Moon Jae-In, que defende uma política de abertura com a Coreia do Norte.
A agenda oficial de Trump no Japão começará com reuniões e um jogo de golfe com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Também há a expectativa pela sua reunião com o presidente da China, Xi Jinping.