Nova York - Ao menos quatro adultos morreram e duas crianças ficaram feridas um em estado grave em mais um ataque a tiros nos Estados Unidos, na tarde desta terça-feira. A barbárie desta vez aconteceu em sete locais de Tehama, zona rural da Califórnia, incluindo uma escola de Ensino Fundamental. Phil Johnston, assistente do xerife do condado, informou que o atirador foi morto, encurralado pela polícia, após fugir do colégio.
Brian Flint, que mora na região, disse que o atirador era seu vizinho, um ex-presidiário de cerca de 50 anos, "que esteve atirando muito" nos últimos dias, "centenas de disparos com grandes carregadores". "Percebemos que este cara estava louco e que era uma ameaça", declarou.
Johnston informou à imprensa que foram recuperadas três armas na cena do crime: um fuzil semiautomático e duas armas curtas. "Retiramos alguns estudantes de helicóptero e outros ficaram abrigados na escola." Johnston acrescentou que cerca de cem policiais foram mobilizados.
Segundo testemunhas, a série de ataques começou na casa do atirador, no que teria sido uma briga de família. Desnorteado, o homem saiu e passou a atirar a esmo, mirando em pessoas na rua.
Katrina Gierman, que mora próximo à escola, contou que escutou os tiros e se escondeu em casa com seu bebê recém-nascido. "Tenho o direito de portar armas e vou proteger meu filho se for preciso", retrucou.
A escola Rancho Tehama está nos arredores de Corning, povoado de 8 mil habitantes dedicado à produção de azeite de oliva e situado 160 km ao norte de Sacramento, capital da Califórnia.
O tiroteio ocorre dez dias após outro incidente, no qual um homem abriu fogo contra fiéis em uma igreja do Texas matando 26 pessoas. Ao menos 33 mil pessoas morrem anualmente nos Estados Unidos em incidentes com armas de fogo, sendo dois terços suicídio, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.