Por lucas.cardoso

Mianmar - O papa Francisco afirmou nesta terça-feira ante a dirigente Aung San Suu Kyi que o futuro de Mianmar passa pela paz, baseada essencialmente no "respeito de todos os grupos étnicos e de sua identidade", em alusão à minoria muçulmana rohingya do país, cujo nome não mencionou.

Papa é recebido por autoridades e multidão de fiéis em aeroporto de MiamarAFP

Contrariamente a sua postura habitual, o pontífice evitou falar diretamente da violência no oeste de Mianmar. Desde o final de agosto, mais de 620.000 rohingyas se refugiaram em Bangladesh, fugindo dos abusos, assassinatos e torturas cometidos pelo Exército birmanês e por milícias budistas.

Durante o discurso ante as autoridades civis na capital, Naypyidaw, no segundo dia visita a Mianmar, o pontífice também pediu um "compromisso pela justiça e respeito aos direitos humanos".

Em um discurso pronunciado diante das autoridades civis do país na capital de Naypyidaw, no segundo dia da primeira visita de um papa a Mianmar, 

Suu Kyi, por sua vez, se comprometeu ante o Papa a proteger os direitos e promover a tolerância para todos.

"Nosso governo tem como objetivo realçar a beleza de nossa diversidade e reforçá-la, ao incentivar a tolerância e garantira segurança para todos", declarou a Prêmio Nobel da Paz.

Mianmar é acusado por realizar uma limpeza étnica contra os rohingyas, que tiveram de se refugiar em Banglaseh.

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