Por douglas.nunes

O Rio de Janeiro acompanhou o desempenho nacional no setor de franchising e fechou o ano de 2013 com crescimento de 11,9% no faturamento em relação ao mesmo período de 2012, chegando a um faturamento de R$ 15,2 bilhões. Em número de franquias, o salto também foi expressivo, de 11%, chegando a 320 marcas.

"Pelo temor que se desenhava no ano passado quanto aos resultados do setor, por conta do comportamento da economia, tivemos um excelente ano, diante de um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3%. Isso reflete que não fomos afetados pelo fator mercadológico. Nossa previsão é de manter o crescimento do faturamento em dois dígitos esse ano, em torno de 10%, mais uma vez acima do PIB", destacou Beto Filho, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF-Rio).

Quanto ao número de marcas existentes em todo o estado, o Rio ocupa o segundo lugar e contabiliza 13.157 lojas em operação, ficando atrás apenas de São Paulo. Em todo o país existem 2.703 redes em operação (11,4% a mais que em 2012), o que faz do Brasil o terceiro maior no ranking mundial de franchising, atrás da China e da Coreia do Sul e à frente dos Estados Unidos.
"Somos umas das praças mais interessantes para investimento no franchising atual. Além disso, os próximos eventos deixarão um excelente legado de crescimento econômico, que será aproveitado por diversos setores. Estamos em um canteiro de obras com diferentes ofertas de pontos comerciais para o setor de franquias", diz ele.

A maioria das redes fluminenses atua nos mercados de Alimentação (25,6%), Esporte, Saúde e Lazer (19,1%), Vestuário (18,1%, o que também segue a tendência nacional. Com esse desempenho, a região Sudeste continua concentrando o maior número de unidades franqueadas, com 59% do total nacional. Porém, de acordo com o levantamento, esse crescimento se deu de forma mais acentuada em cidades do interior. Em 2013, o Sul e o Nordeste participaram com 14,5%, cada, o Centro-Oeste, com 8%, e a região Norte, com 4,3%.

Beto Filho ressalta que o segmento de Educação e treinamento tende a ser um dos mais demandados nos próximos anos no Rio, movimento que já vem acontecendo.

"Esse é um mercado que cresce muito e segue em rota de expansão. A necessidade de cursos de idiomas e de formação em diferentes áreas, tendo como foco os grandes eventos, impulsiona esse mercado no franchising" acrescenta o presidente da ABF-Rio.

Beto Filho também destacou o percentual de 3,1% na taxa de mortalidade no setor de franquias, número considerado por ele bastante baixo, o que demonstra o sucesso de esforços implementados pelo mercado para que a escolha de uma franquia, desde o perfil do franqueado até o ponto comercial, seja bem sucedida.

"Certamente ainda existem fatores externos que influem nessa taxa de mortalidade. No caso das microfranquias - com teto de investimento até R$ 80 mil - registramos uma taxa maior, de 12%, muito em função do boom desse segmento, que vem crescendo ano a ano no Rio e no país".

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