A empresa Eneva, ex-MPX de Eike Batista, anunciou nesta segunda-feira, um acordo com a acionista E.ON SE e os bancos BTG Pactual, Citibank, HSBC e Itaú, que representará um aumento de capital de até R$ 1,5 bilhão.
A operação será executada em duas etapas e envolverá a prorrogação dos vencimentos da dívida da empresa por três anos e a venda, parcial ou total, da usina termelétrica de Pecém II.
Com o acordo, o vencimento final da dívida da empresa será adiado por cinco anos. A amortização será iniciada apenas em junho de 2017.
Na primeira etapa do processo de capitalização, a companhia terá um aumento de capital privado de até R$ 316,5 milhões. As novas ações serão negociadas a R$ 1,27 por ação. Desse total, R$ 120 milhões serão aportados pela E.ON, uma das acionistas controladoras da Eneva. Nessa fase, os bancos participantes do acordo concederão um empréstimo de curto prazo de R$ 100 milhões.
Ao mesmo tempo, a companhia organizará a venda integral ou de metade do capital da usina termelétrica de Pecém II. A E.ON assegura a compra de 50% de Pecém II a preço de mercado até o limite de R$ 400 milhões, caso nenhuma proposta ultrapasse este limite.
Após a venda ser concluída, os bancos participantes do acordo concederão empréstimo de longo prazo de R$ 150 milhões a Pecém II, que usará parte dos recursos para quitar o empréstimo anterior.
Na segunda etapa, o valor total do aumento privado de capital poderá chegar a R$ 1,5 bilhão, contando o valor já capitalizado na primeira etapa. A E.ON se comprometeu a participar com até R$ 450 milhões nessa etapa.
A participação total da E.ON no aumento privado de capital deverá ser de até R$ 570 milhões e sua participação acionária final na Eneva não ultrapassará 49,9% do capital total da companhia.