Por fabio.nascimento

Autoridades italianas podem ampliar um decreto de “poder dourado” adotado em junho, que dá ao governo poder de veto em operações consideradas de interesse nacional, para incluir as companhias de comunicação italianas fora do país, disseram as pessoas que pediram anonimato porque as discussões são confidenciais.

As ações da Telecom Italia caíram até 4,1% em Milão e as da TIM Brasil, até 4,7% em São Paulo. A administração do primeiro-ministro Matteo Renzi teme que a possível transação envolvendo a rede da TIM Brasil, a segunda maior operadora de telefonia celular do país, prejudique um ativo internacional estratégico, disseram as fontes.

A Telefónica SA da Espanha e a Oi SA estariam estudando um possível fatiamento de TIM Brasil, disseram fontes com conhecimento do assunto em maio. O CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, é a favor de manter e desenvolver o ativo.

Maior acionista

Uma porta-voz do escritório de Renzi não quis comentar, assim como um porta-voz da Telecom Italia, que tem sede em Milão.

A Telefónica se tornará a maior acionista único da Telecom Italia quando um grupo de investidores que possui 22,4% da operadora for dissolvido ainda neste ano. A Telefónica, que faz parte do grupo Telco SpA, teria uma participação direta de cerca de 15%.

Se em última análise a Itália aprovar uma medida como essa, isso poderia provocar uma avaliação das reguladoras europeias, disse uma das fontes. No mês passado, o governo ampliou seu poder de veto para transações que envolvem toda a rede de telecomunicações da Itália, além do acesso à rede de energia.

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