Huawei está de olho no topo do mercado de celulares
Com lançamento do Ascend P7 no Brasil, chinesa fortalece estratégia de oferecer recursos mais sofisticados ao consumidor
Por bruno.dutra
São Paulo - Na guerra global do mercado de smartphones, o conhecido domínio de Samsung e Apple encontrou neste ano um forte rival nas fabricantes chinesas. Uma das representantes desse avanço asiático está dando mais um passo para fortalecer essa briga, agora também no mercado brasileiro. Mais conhecida por sua atuação no segmento de equipamentos de redes de telecomunicações e ainda novata na oferta de dispositivos para o consumidor, a Huawei está lançando hoje no país o celular Ascend P7, sua mais forte aposta para ganhar espaço no topo do segmento. Com preço sugerido de R$ 1.499, o aparelho chega ao Brasil seis meses após o lançamento global e a tempo de aproveitar a temporada de vendas do fim de ano.
“Estamos há quinze anos no Brasil e esse é um dia muito especial para a companhia no país”, afirmou Jason Zhao, executivo-chefe da Huawei no Brasil. “Com os resultados que colhemos nas vendas globais do Ascend P6 — que superaram a marca de 4 milhões de unidades —, estamos muito confiantes de que hoje temos a qualidade e a competência para competir com qualquer fabricante”, observou o executivo.
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O Acend P7 sinaliza a estratégia da Huawei em tentar se desvencilhar da imagem geralmente associada aos produtos chineses, marcada por preços acessíveis, mas com a percepção de qualidade inferior aos dispositivos de seus rivais de outros países. Com uma forte atenção ao design, o smartphone tem apenas 6,5 mm de espessura, tela Full HD de 5 polegadas e uma câmera frontal de 13 megapixels, além de uma câmera frontal de 8 megapixels, voltada à febre dos “selfies”. Inicialmente, o aparelho estará disponível nas lojas virtuais de grandes redes varejistas, como Casas Bahia, Pontofrio e Extra.
Mas a Huawei também está apostando na construção de sua marca junto aos consumidores. Nessa frente, uma das principais estratégias da empresa nos últimos dois anos foi o patrocínio de times de futebol em todo o mundo. A relação inclui nomes como Atlético de Madri, Paris Saint-Germain e Borussia Dortmund. No Brasil, a companhia chinesa anunciou no fim de outubro um contrato de patrocínio com o Santos, com validade até o fim do ano. A empresa e o clube já estão mantendo conversas para renovar o acordo.
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Apple e Samsung à parte, o fato é que a Huawei está se movimentando para enfrentar o avanço de suas próprias conterrâneas e de outras marcas asiáticas. No terceiro trimestre, a fabricante foi superada pela chinesa Xiaomi e pela sul-coreana LG, e caiu da terceira posição para a quinta colocação no mercado global de smartphones, segundo a consultoria Strategy Analytics. No período, a Huawei vendeu 16,5 milhões de unidades, e registrou uma participação de mercado de 5,1%.