Por bruno.dutra
Rio - Criada em março deste ano por um grupo de sete artistas e designers insatisfeitos com a enorme quantidade de anúncios no Facebook, a rede social Ello terá em breve sua ferramenta de ajuda traduzida para o português. Isso porque o Brasil já é o quarto país em número de usuários, perdendo apenas para Estados Unidos, seu país de origem, Alemanha e França.
“Reconhecemos o Brasil como um gigante das mídias sociais”, diz o CEO e cofundador do Ello, Paul Budnitz, que não divulga o número de usuários de sua rede social, dizendo apenas que “já são milhões”.
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Não ter anúncios e possuir uma interface arejada e de fácil navegação são os principais diferenciais da plataforma, que não se considera uma concorrente direta da rede criada por Mark Zuckerberg, apesar de ter funcionalidades semelhantes, como postagens públicas, comentários, além de informações sobre o número de visualizações das postagens dos usuários.
“Nós não consideramos o Facebook uma rede social, uma vez que os seus clientes são os anunciantes. Os usuários são os produtos, que são comprados e vendidos por eles. Por isso, não vejo isso como uma competição”, explica Budnitz. “Nós não só não temos — e nunca vamos ter — anúncios, como não vendemos os dados dos nossos usuários”, completa ele.
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O Ello é ainda amigável com gifs e pornografia, elementos que não costumam ser bem aceitos nas mídias sociais. E o usuário pode seguir e ser seguido, utilizando nomes que se assemelham aos criados para o Twitter — mas que não precisam ser verdadeiros.
Para ter acesso à plataforma, é necessário receber um convite de um usuário ou se candidatar em um cadastro rápido no site.
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“O Ello é totalmente livre para usar e gratuito. Com o tempo vamos oferecer algumas funções especiais pagas, que os usuários poderão adquirir, caso julguem necessárias, para melhorar a sua experiência na rede social e também nos dar apoio”, antecipa o CEO da empresa. Por enquanto, a Ello não tem outra fonte de receita.
O surgimento e a carência de algumas funcionalidades
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A rede social foi criada por um grupo artistas e designers, que já não se identificava mais com as plataformas existentes até então. Inicialmente, foram enviados convites para apenas cem amigos, mas depois de um tempo, os criadores optaram por abrir a plataforma para o público em geral.
No entanto, por ainda ser uma versão experimental, os recursos da rede social são limitados, se comparados com os disponíveis em outras mais consolidadas como Facebook, Twitter e Google+. Seus desenvolvedores correm atrás do prejuízo para lançar novas ferramentas que melhorem a experiência de seus usuários, como o suporte para vídeos e áudio de outras plataformas como YouTube e Instagram. Entre as promessas estão ainda mensagens privadas e aplicativos para iOS e Android.
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“Mas já suportamos imagens multimídia de alta resolução e textos mais longos, o que nos tornou um pólo de pessoas criativas de todo o mundo”, ressalta Budnitz.