Por bruno.dutra
São Paulo -  A Portugal Telecom SGPS, que em 2014 sofreu um "default" de 900 milhões de euros de dívida comprada da Rioforte, foi alvo de buscas policiais no âmbito de um inquérito sobre suspeitas de fraude qualificada, estando a investigação focada em aplicações financeiras realizadas pela empresa, disse a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Portugal.
"Neste inquérito estão em causa suspeitas de participação econômica em negócio e fraude qualificada, investigando-se aplicações financeiras realizadas pela empresa", adiantou a PGR, em comunicado.
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A PGR de Portugal acrescentou que as buscas fazem parte de um inquérito em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal. 
A PT SGPS não respondeu de imediato a contatos da Reuters para que comentasse o assunto.
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A investigação do Ministério Público também está sendo apoiada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, pela Polícia Judiciária e pela Autoridade Tributária, e encontra-se em segredo de Justiça.
O ano de 2014 da Portugal Telecom foi marcado pelo polêmico investimento de 900 milhões de euros em notas comerciais da Rioforte, holding da família Espírito Santo, que pediu insolvência e descumpriu pagamentos.
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O investimento de tesouraria obrigou à revisão do acordo de fusão entre Portugal Telecom e a operadora brasileira Oi, que culminou na redução da participação da portuguesa na CorpCo para 25,6% dos anteriores 38% .
Na sequência do default da Rioforte, o presidente do Conselho de Administração e presidente-executivo da PT SGPS, Henrique Granadeiro, demitiu-se dos cargos.