Por monica.lima
Rio - A rede de cafeterias Starbucks fechou 2014 com 19 novas filiais — chegando ao total de 94 unidades — e vai manter este ano o mesmo ritmo de inaugurações. O foco continua sendo o eixo Rio-São Paulo. Além de lojas de rua e shoppings, a busca da empresa é por espaços onde a marca possa ter mais visibilidade. Renata Rouchou, diretora de Desenvolvimento e responsável por expansão da rede no país, diz que a empresa desenvolveu um projeto que chama de “clusters”, onde mais do que o resultado de faturamento, está a exposição da marca.
“Estamos trabalhando para desenvolver uma expansão agressiva da Starbucks e por isso estamos entrando em aeroportos, universidades, hospitais e prédios corporativos. Em nossa visão de médio e longo prazo quando o assunto é expansão, o que pensamos é que é preciso estar em todos os momentos da vida do cliente. E foi assim que surgiu a ideia destes clusters e, a partir deles, passamos a conviver com a rotina deste cliente em diferentes situações”, explica Renata.
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A rede já inaugurou seis lojas em aeroportos — quatro em Guarulhos (SP), uma em Viracopos (Campinas - SP) e outra no Galeão (RJ).Outras quatro unidades estão em universidades como Mackenzie e Anhembi-Morumbi e outras três em prédios corporativos como o edifício da Brascan Century Offices, o Rocheverá Corporate e E-Business Park, em São Paulo. No primeiro trimestre deste ano, serão inauguradas duas lojas em shoppings, uma no shopping Metrô Itaquera, outra em Niterói (RJ), a primeira em um hospital, no caso o da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e mais uma dentro da livraria Saraiva do aeroporto de Viracopos.
“A partir do momento que tivermos um volume de inaugurações em cada um dos clusters que permita comparar a performance entre eles, vamos ter mais informações sobre qual modelo de negócio está obtendo melhores resultados”, acrescenta a diretora a Starbucks.
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Apesar de ter projetos de franquias em outros países, este ainda não é o caminho que a rede quer trilhar no Brasil. Todas as lojas continuam sendo próprias e devem permanecer assim.
“Como nosso objetivo continua sendo o de crescer no Rio e em São Paulo, ainda enxergamos muitas oportunidades nestas regiões e, nelas, a orientação é de inaugurar lojas próprias. Depois que este objetivo tiver sido atingido, aí sim poderemos pensar em expansão para outros estados por meio de franquias. Mas nada que seja feito agora”, adianta Renata.
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Com a entrada em outros ambientes, a rede tem se preocupado em adaptar o cardápio com a inclusão de pratos ou bebidas, de acordo com o lugar onde uma loja é instalada. Além do lançamento de duas a três bebidas novas por campanha realizada pela rede, algumas unidades, como a de aeroportos, por exemplo, ganharam no cardápio bebidas alcoólicas e petiscos. Há também a opção de sanduíches em unidades instaladas em universidades.
No Brasil desde dezembro de 2006, a Starbucks tinha praticamente 100% de tudo que fazia parte da loja importado. Somente o pão de queijo era nacional. Com o passar do tempo, a empresa investiu na nacionalização dos produtos e, hoje, 30% do que faz parte da composição de uma unidade vem de fora.
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“Temos hoje muitos fornecedores locais que nos abastecem com insumos que vão desde alimentos e bebidas até itens relacionados ao processo de montagem de loja. O que ainda importamos são produtos como os ingredientes dos capuccinos, os copos, canecas e xícaras e também o Starbucks Card”, diz Renata.
O Brasil, segundo ela, é considerado um dos mercados estratégicos da rede, que encerrou o ano fiscal de 2014 com receita líquida de US$ 16,4 bilhões. A empresa não divulga dados isolados por região. Mas em seu balanço informa que a região das Américas respondeu por 6% das vendas, atrás da China, que respondeu por 7%.
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