Por bruno.dutra
Rio - Com mais de 4,5 milhões de usuários cadastrados em sua rede de pontos de acesso wi-fi distribuídos pelo Brasil em estabelecimentos comerciais, de entretenimento, eventos, aeroportos e praias na orla do Rio e de Búzios, na região dos Lagos, a Linktel, uma pequena operadora de telefonia, dobrou seu faturamento no ano passado, chegando a R$ 41 milhões. Este ano, a projeção é passar dos R$ 50 milhões e desta vez dobrar o número de usuários para 8,5 milhões. A receita vem de diferentes formas, entre elas a venda do serviço para empreendimentos como shoppings, que pagam para a Linktel e oferecem o acesso grátis aos clientes. Outro caminho é a captação de espaços publicitários dentro da página de acesso ao serviço. O acesso pode ser totalmente gratuito e ter também a opção de ser pago pelo usuário que desejar uma velocidade mais rápida.
Com 2,056 mil pontos de acesso no Brasil, segundo dados da Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Linktel tem como principal concorrente a Oi que, pelo levantamento da Anatel, tem 579 mil pontos no país e ultrapassa um milhão de pontos, se for incluída a parceria com a rede Fon, comunidade global de acesso à internet. Pela rede Fon, a Oi já oferece um serviço de compartilhamento de rede, exclusivo para quem já é assinante de Banda Larga da operadora, e ainda oferta aos clientes e visitantes o acesso sem fio. Outras operadoras também dispõem de serviços de wi-fi público, caso da NET e da Vivo, mas com menor volume de pontos de acesso.
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Jonas Trunk, dono da Linktel, afirma que hoje sua empresa já tem mais de 3 mil pontos de acesso no país e vai se expandir ainda mais. Ele não se sente preocupado com a concorrência das grandes operadoras e acredita que mesmo com todo o aperto na economia, o mercado de telecomunicações não será tão afetado no Brasil. Otimista, vai investir R$ 20 milhões na importação de softwares e roteadores de wi-fi este ano, para atender à demanda por novos contratos que estão sendo fechados. Trunck compra de operadoras como a Embratel e a Telefônica a capacidade que necessita para a oferta de acesso aos usuários que se conectam à sua rede.
“O Brasil tem um espaço muito grande para crescer neste segmento. Basta olhar o número de pontos de acesso no mundo,que chega a 47 milhões. Temos no Brasil um volume de pontos de acesso menor do que muitos países da Europa, enquanto o número de smartphones vendidos só cresce. Por isso estamos mantendo a nossa previsão de investimentos, por entender que há uma carência muito grande desse serviço aqui”, diz ele.
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Os investimentos da Linktel esse ano serão na ampliação da rede e em novas tecnologias (3G/4G offload) e Wi-Fi NGH 2.0 passpoint (nova geração de hotspots com segurança baseada em criptografia).