São Paulo - A mineradora Vale informou nesta quinta-feira que registrou prejuízo líquido de R$ 4,761 bilhões no quatro trimestre de 2014 ante prejuízo de R$ 14,867 bilhões no mesmo período de 2013, com o preço do minério de ferro despencando no mercado internacional, perdas cambiais, em derivativos e baixas contábeis de ativos, divulgou a empresa nesta quinta-feira.
A Vale teve ainda baixas contábeis de R$ 2,799 bilhões relacionados aos ativos de fertilizantes no Brasil no quarto trimestre devido a condições de mercado desfavoráveis, segundo anúncio realizado simultaneamente à divulgação de seu balanço trimestral.
A mineradora também apontou um "impairment" de R$ 1,676 bilhão no projeto de minério de ferro de Simandou, na Guiné, complementando uma baixa contábil de R$ 1,118 bilhão reconhecida no segundo trimestre de 2014, "à medida que discussões com o governo do país não progrediram da forma esperada e as incertezas aumentaram em relação ao reconhecimento e à compensação dos investimentos da Vale no local".
A empresa também divulgou baixas contábeis de R$ 628 milhões na unidade de níquel da Vale Nova Caledônia (VNC) no trimestre, "dado que o processo de ramp-up tem levado mais tempo do que o esperado", além de perdas de R$ 175 milhões relacionadas aos ativos de carvão na Austrália, como resultado das minas de Isaac Plains e Integra Coal que foram colocadas "em care and maintenance".
O resultado só não foi pior porque a Vale contabilizou, no quarto trimestre, uma reversão parcial do "impairment" da unidade de níquel de Onça Puma, no valor de R$ 4,295 bilhões, ante o valor original de R$ 5,770 bilhões registrado no quarto trimestre de 2012, "tendo em vista que as operações voltaram a produzir de forma bem sucedida".
As baixas contábeis líquidas, no quarto trimestre, somaram R$ 983 milhões, segundo a companhia.