Por bruno.dutra

Bruxelas - Reguladores da União Europeia aprovaram a compra dos ativos portugueses da Oi pelo grupo de telecomunicações Altice por 7,4 bilhões de euros (7,9 bilhões de dólares) com a condição de que a Altice venda seus negócios portugueses atuais.

A Comissão Europeia, que decide sobre questões antitruste na UE, disse nesta segunda-feira que estava preocupada com a possibilidade de que a entidade combinada pudesse enfrentar concorrência insuficiente em telecomunicações fixas, o que poderia resultar em preços mais altos.

A Altice opera duas subsidiárias em Portugal, a Cabovisão, que oferece TV paga, Internet e telefonia fixa a clientes residenciais, e a ONI, que oferece serviços a empresas. A Altice propôs vender as duas.

"A Comissão concluiu que a transação, modificada pelos compromissos, não levanta preocupações para a competição", disse.

A Comissão disse ter rejeitado uma solicitação de remeter o exame do negócio à autoridade de competição de Portugal.

O fundador da Altice, o empreendedor de telecomunicações franco-israelense Patrick Drahi, expandiu seu portfólio de companhias de serviços a cabo e telecomunicações móveis na França, Israel e na República Dominicana nos últimos anos, culminando em acordos de cerca de 30 bilhões de dólares no ano passado.

Para a Oi, a venda marca a dissolução efetiva de uma fusão mal sucedida com a Portugal Telecom, que tinha o objetivo de criar uma grande operadora transatlântica no mundo lusófono com mais de 100 milhões de clientes.

O negócio foi por água abaixo no ano passado, quando o lado português da fusão perdeu centenas de milhões de euros no escândalo bancário do grupo Espírito Santo.

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