Há quase um ano, o grupo catarinense de moda Malwee anunciava a compra da marca carioca de moda feminina Mercatto, na época com cem lojas espalhadas em 18 estados brasileiros e faturamento estimado em R$ 150 milhões. Rafael Corona, diretor de Planejamento da WF Leblon — empresa criada pelo Grupo Malwee que comprou a Mercatto e faz a gestão da marca — explica que, nos primeiros meses de gestão pós-aquisição da nova marca, o foco foi o desenvolvimento de um plano de negócio de longo prazo, com o objetivo de tornar a Mercatto definitivamente uma marca nacional.
“Para atingir esta visão de futuro, estamos promovendo algumas adequações ao modelo de negócio atual da marca, como, por exemplo, a inclusão de produtos específicos para regiões frias do país a partir das coleções de outono e inverno do ano que vem, bem como a criação de regras para harmonizar o convívio entre os diversos canais de venda da marca”, diz Corona. “A aquisição da marca Mercatto, assim como as aquisições da Scene e Puket, faz parte da estratégia do Grupo Malwee de entrada em novos segmentos do mercado de varejo de moda. No caso da Mercatto, ela tem a alma carioca, com preços atrativos.”
Segundo ele, em função da atual conjuntura econômica brasileira, o grupo foi obrigado a revisar seus planos de expansão de lojas para este ano. “Com inflação alta, taxa de juros elevada e aumentos recorrentes da taxa de desemprego, que trouxe como consequência uma forte desaceleração do consumo, restringimos o plano de abertura de novas lojas franqueadas da rede em 2015 a oportunidades pontuais que minimizem os riscos para o franqueado. Para o ano de 2016 esperamos que haja uma retomada lenta e gradual do crescimento econômico e, por conta disso, estamos revisando o plano de abertura de lojas da Mercatto para o ano que vem”, diz.
Corona adianta, ainda, que as lojas da marca vão continuar vendendo apenas os produtos Mercatto, sem a inclusão de peças de outras empresas do Grupo Malwee. Além da rede de franquias, os produtos da Mercatto também chegam à consumidora através de lojas multimarcas e de uma loja virtual que foi reinaugurada recentemente e em breve ganhará também uma versão mobile.
SOLUÇÕES & OPORTUNIDADES
? A Quiksilver — detentora das marcas Quiksilver, Roxy e DC Shoes — inicia projeto de expansão em franquias no Brasil. A empresa, que conta com quatro unidades próprias, localizadas em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, vai usar os espaços recém-inaugurados no Shopping Iguatemi (SP) e em Ipanema (RJ) como modelos para o projeto de expansão que vai implementar nas principais cidades brasileiras. Serão lojas de 40 metros quadrados a 100 metros quadrados.
? Duas das maiores premiações do empreendedorismo brasileiro encerram o período de inscrições neste mês: o Prêmio MPE Brasil e o Mulher Sebrae de Negócios. Ambas contam com o apoio técnico da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e têm inscrições abertas até 31 de julho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo endereço www.premiompe.sebrae.com.br.
Os planos da Clube Caramelo para 2016
Comemorando seu primeiro ano no franchising, a Clube Caramelo anuncia seus planos de expansão. A rede pretende inaugurar até o segundo semestre de 2016, dez novas unidades no Brasil. O modelo de franquia de biscoitos e guloseimas tem duas unidades no Rio de janeiro e será oferecido para todo o país. O investimento mínimo para a abertura de uma unidade é de R$ 30 mil para um quiosque.
Liga Retrô embarca em aeroportos
Depois de inaugurar uma franquia no aeroporto de Congonhas (SP), a Liga Retrô intensifica os planos de expansão dentro destes empreendimentos. A marca especializada em réplicas de camisas antigas de futebol acaba de abrir sua segunda unidade dentro de um aeroporto, desta vez em Belém (PA). A expectativa é abrir mais dois quiosques em aeroportos brasileiros.
Novo modelo de franquia na Valisére
A partir de julho, os interessados em abrir uma franquia Valisére vão ter à disposição um novo modelo de negócios, o Valisére Light. O projeto visa a garantir a distribuição das quatro marcas (Valisére, Triumph, Valfrance e Sloggi) em um canal especializado. O novo modelo vem para complementar o atual, de franquia tradicional, que é aplicado nos principais shoppings nacionais.
A coluna se despede agradecendo a todos pela parceria que nos ajudou a mostrar o desenvolvimento do franchising brasileiro e a força empreendedora das pequenas e médias empresas do país. Até breve.