Com a intenção de arrecadar a maior quantia possível de dinheiro, a quadrilha convenceu as vítimas a realizarem empréstimos bancários e entregarem bens, como veículos e imóveisDivulgação / Pcerj

Nilópolis - Policiais civis da 57ª DP (Nilópolis), com apoio do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), realizaram nesta terça-feira (07), a "Operação Alta Confiança", contra uma organização criminosa que aplicou golpes em vítimas de diferentes estados do país. É estimado que o grupo tenha movimentado R$ 134 milhões entre os anos de 2021 e 2022. Um homem, que é guarda municipal do Rio de Janeiro, foi preso.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa e estão sendo cumpridos em endereços nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Guarda municipal preso durante a ação - Divulgação / Polícia Civil
Guarda municipal preso durante a açãoDivulgação / Polícia Civil
De acordo com as investigações, o golpe era um esquema de pirâmide financeira, que prometia lucro de 5% ao mês sobre o valor investido e recuperação de todo o montante ao final do contrato de “aluguel de capital financeiro”. Os criminosos alegavam que os recursos disponibilizados seriam aplicados em operações de “day trading” na Bolsa de Valores. Ainda segundo o GAECO/MPRJ, o guarda municipal Rodrigo Cesar de Souza da Silva,  é dono da Investimento Confiança, que foi preso nesta terça-feira (07), e Jadson Luiz do Nascimento Gonçalves, que está foragido, é dono da IC Invest, empresas criadas para aplicar o golpe da pirâmide. 

Com a intenção de arrecadar a maior quantia possível de dinheiro, a quadrilha convenceu as vítimas a realizarem empréstimos bancários e entregarem bens, como veículos e imóveis. Segundo os golpistas, esses valores seriam investidos.

A investigação teve início quando a equipe da 57ª DP, em Nilópolis, foi comunicada sobre um golpe sofrido por 12 agentes da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, além de alguns de seus familiares.

Para concretizar os crimes, os líderes da organização criaram duas empresas para operacionalizar o esquema. Os valores obtidos com as vendas dos imóveis e automóveis não eram investidos no mercado financeiro, servindo apenas para o enriquecimento dos autores.