Por bianca.lobianco

Rio - É de Niterói a primeira e única dupla brasileira (formada por um casal) que vai disputar a mais temida prova de stand-up paddle: a Molokai to Oahu, no próximo dia 28 no Havaí, nos Estados Unidos. A bióloga marinha Luiza Perin, de 33 anos, e o marido, o empresário Fabiano Faria, de 38, já estão remando em águas havaianas.

Desafio do casal é remar 51 km enfrentando ondulações%2C correntezas e ventos de 47 km/hDivulgação

E o primeiro treino foi, de cara, uma competição: a Maui to Molokai, um trajeto de 47 quilômetros. “O remo do Fabiano quebrou, mas ele continuou”, conta Luiza. “Para mim, a dificuldade foi a adrenalina. Pensei em desistir, mas estou preparada e segui em frente. Foi crucial trabalhar a cabeça”, revela.

O maior desafio do casal ainda está por vir: remar os 51,5 quilômetros que separam as ilhas Molokai e Oahu, com ondas e ventos de 47 km/h. “ É a viagem dos nossos sonhos e ainda temos o privilégio de competir juntos”, diz a bióloga, que iniciou no esporte em 2012. A categoria de duplas é disputada em revezamento. Enquanto um rema, o outro espera no barco que os acompanha.

E, para o casal, foi amor à primeira remada. A paixão pelo esporte surgiu no instante que Luiza usou a prancha que acabara de comprar. Ela atravessou de Itacoatiara, em Niterói, à Copacabana, um trajeto de 18 quilômetros. “É aquela velha história de entrar na água com uma embarcação a remo e desaparecer na linha do horizonte em busca do destino”, escreveu ela em seu blog.

E o mar faria, mais uma vez, a diferença na vida dela.Foi ele que levou Fabiano até Luiza. O empresário chegou em cima de uma prancha de stand up paddle e não de um cavalo branco, como nos contos de fada, “Éramos amigos. Ele me ensinava a remar com muita paciência”, conta.

“O desafio é deixar no Havaí o melhor de mim, minhas maiores doses de adrenalina, concentração e diversão”, diz.

Escolinha Itaipu Surf Hoe%2C que funciona na Praia de Itaipu%2C já recebeu mais de 100 alunosDivulgação

Treinamento

Há dois anos, Luiza treina remadores em sua escolinha a Itaipu Surf Hoe, que funciona na Praia de Itaipu. Por lá, segundo ela, já passaram mais de 100 alunos.

No entanto, a atleta faz questão de dizer que as instruções vão muito além do remo. “Ensinamos os alunos muito mais que as técnicas para remar. Na verdade, ajudamos as pessoas a entender o mar, ter intimidade com ele, com o universo marinho”, explica ela.

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