Por marina.rocha
Niterói - Uma boa pedida para as tardes de domingo niteroienses é o Clube do Choro que acontece no Bar Itália, em Charitas. Com uma bela vista da Baía de Guanabara e um chope bem gelado, o local ainda é presenteado com o melhor do chorinho. No comando da roda ninguém menos que os mestres Zé da Velha, no trombone e Silvério Pontes, no trompete, que sempre recebem convidados especiais. Hoje é a vez do acordeonista Marcelo Caldi.
Zé da Velha%2C no trombone e Silvério Pontes%2C no trompete. Dupla já gravou seis discosDivulgação

O evento começou há cinco meses e já participaram nomes como Henrique Cazes, Dudu Oliveira, Joel do Nascimento e Danielle Spielmann. O som é instrumental, mas não é raro alguns conhecidos da estrada darem uma canja cantando.

A dupla que comanda o Choro já tem seis discos gravados, o último foi o CD Ouro e Prata, que será relançado em fevereiro lá no Bar Itália mesmo, com direito a tarde de autógrafos e tudo o mais.

Silvério começou o Clube sem muita pretensão, mas como não poderia ser diferente, os encontros têm feito muito sucesso entre os amantes do samba da cidade. “A gente toca por amor, porque quer divulgar nossa música e receber todo mundo super bem. Tocamos Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Valdir Azevedo, compositores da linha instrumental carioca e bossa nova. O objetivo é interagir com o público”, disse Silvério.
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Das antigas, ele costumava se apresentar no ‘falecido’ Orquídea, bar tradicional em Icaraí, e tocou com Tim Maia, Ed Motta, Paulinho da Viola e Elza Soares. Hoje acompanha os shows da banda Cidade Negra. Morador de São Francisco, acredita que o projeto deveria ser repetido por toda a cidade.
“A música brasileira é agradável, poderia estar tocando em todos os ambientes. Em feiras e mercados, por exemplo”, opinou.
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Considerado um ícone do gênero, Zé da Velha aproveita a ‘deixa’ do amigo: “Como garantem os especialistas, o choro é mesmo o jazz brasileiro. Tive o prazer tocar com Pixinguinha, que era uma figura fabulosa. Ele e João da Baiana. Foi uma escola muito boa”, falou o sergipano enraizado em Ramos.
Tem feijoada
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Além da música, quem for ao Bar Itália pode aproveitar para se deliciar com um prato bem tradicional de domingo: a feijoada. Silvério afirma que a casa tem ambiente familiar e está sempre cheia.
“O horário é bem alternativo, então tem gente que almoça e tem gente que toma um chope apreciando a paisagem e curtindo a música. Acho que os comerciantes deveriam investir mais na arte da música. É uma forma de valorizar o bar, o músico, a cidade e a cultura”, destacou ele.
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O show começa por volta das 14h e vai até às 18h. O couvert custa R$ 15. O Bar fica na Av. Prefeito Sílvio Picanço (orla de Charitas) 651.
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