Niterói - Um dos ícones do jornalismo fluminense e nacional, o jornalista Jourdan Amora, falou sobre sua história profissional e foi homenageado no Fórum da Memória do Jornalismo Fluminense, no Solar do Jambeiro, em Niterói.
Vários profissionais de jornalismo da cidade e do interior do Estado do Rio de Janeiro, além de sua esposa Eva Amora e membros da sua família, testemunharam esse momento histórico para a cidade, prestigiando o patriarca que fez, faz e continua fazendo história no jornalismo de Niterói.
O Fórum - promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SINPDERJ) - é representado pelo seu Presidente, o jornalista Mário Sousa, e destacou a importância do trabalho de Jourdan Amora que, desde o início de sua carreira, nos anos 50, quebrou barreiras e imprimiu sua marca do bom jornalismo no tradicional e mais popular e importante jornal impresso da cidade: o jornal A Tribuna.
Jourdan também é um dos criadores e editores do tabloide gratuito Jornal de Icaraí, cuja tradição também marca o jornalismo local desde o início dos anos 70. Nos seus relatos, Jourdan lembrou como começou no jornal A Tribuna, as dificuldades financeiras e a perseguição política durante a ditadura militar. Alvo de censura e perseguição, Jourdan foi preso e marcado para ser morto durante a ditadura.
Em ambos jornais, Jourdan mantém sua irretocável marca, com artigos e matérias escritas, sob a sua batuta. Trabalhando sempre com afinco, um dos maiores jornalistas de Niterói é conhecido e considerado o Mestre dos Mestres para diversos profissionais, de pelo menos quatro gerações. Há décadas retrata e registra Niterói em matérias e artigos memoráveis, onde o leitor pode constatar um grande trabalho jornalístico, desde a apuração até a impressão final que vai para seu fiel público, seja na forma impressa ou digital - e onde segue os princípios fundamentais do jornalismo, que são a ética, a excelência da língua portuguesa bem escrita e o compromisso com a verdade da informação. Estes princípios podem ser constatados quando se lê, quaisquer um dos artigos ou matérias escritas por esse jornalista, seja numa matéria simples, e até nas grandes manchetes. Em seus editoriais Jourdan retrata desde fatos do cotidiano até impressões sobre a política e outros assuntos importantes que se destacam onde o mineiro fez morada e construiu família. Jourdan segue atuando no jornalismo e faz história até hoje.
Com sua memória infalível e sagacidade jornalística, o mestre exprime seu pensamento e publica suas informações no seu jornal, sem nunca ter deixado de lado o ideal de profissionalismo de alto nível. Nunca deixou de fazer e publicar suas ideias, expressas em meio à muita luta contra aqueles que o desafiavam ou duvidavam da sua força profissional. Resiliência e resistência são seus sinônimos.
Quem esteve presente naquela tarde do Solar do Jambeiro, no Fórum de Resgate da Memória do Jornalismo Fluminense, testemunhou o depoimento de um jornalista que se destacou desde os áureos tempos da grande imprensa. Em seu depoimento Jourdan falou sobre detalhes de passagens por jornais como o extinto Última Hora, do grande Samuel Wainer. Esta edição do Fórum será também destacada no livro que o SINPDERJ pretende publicar, e que vai conter depoimentos dos grandes profissionais do jornalismo fluminense. Todos contaram neste primoroso evento um pouco de suas histórias profissionais, registradas por gravações e fotos.
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