Niterói convida 70 grafiteiros para pintar painel no túnel Raul Veiga
Primeira edição do projeto Niterói em cores vai ressignificar uma das principais vias da cidade
Artista Coé: projeto contará com mais de 70 artistas niteroienses atuando simultaneamente, colorindo o túnel que liga Icaraí a São Francisco - Divulgação
Artista Coé: projeto contará com mais de 70 artistas niteroienses atuando simultaneamente, colorindo o túnel que liga Icaraí a São FranciscoDivulgação
Niterói - A cidade de Niterói está prestes a receber a maior ocupação de grafite já feita. Realizado pela Prefeitura, o projeto “Niterói em cores” convocou 70 artistas para encherem de arte o túnel Raul Veiga, em São Francisco. Ao todo, os 750 metros de extensão do lado esquerdo da via se tornarão um símbolo da arte urbana niteroiense. O projeto, que é uma iniciativa da Fundação de Arte de Niterói (FAN), já começa a ser produzido nesta quarta-feira (3).
Com foco em promover a ressignificação de espaços do município através do grafite, foram selecionados artistas que já têm intervenções “carimbadas” nos muros de Niterói. O mapeamento percorreu os bairros da cidade e convidou, ao todo, 70 artistas grafiteiros de diversas classes sociais, idades, gêneros e sexualidades. Os participantes selecionados são Akuma, Aila Ailita & Prema, Amphos Marlon, André Alves e Lya Alves, AP Stelling, Blunt, Cibelle Arcanjo, Coé, Dani c2 o lindo, Dark, Davi Baltar, Desirée, Dias, Fernando TED, Gut & Rine & Tosh, IORI, KduArt, MAC, Marcelo Melo, Marcos Alfa, MAT2OS, Max, Oren, Pazsaro, Ravi, Refi, Robinho, Taro e Thúlio Monteiro e as equipes e auxiliares de cada artista.
Cada um recebeu um espaço de 40 m² do túnel Raul Veiga, que faz a ligação entre os bairros de São Francisco e Icaraí. O projeto de cada grafiteiro é de livre escolha artística, mas cada produto cultural foi avaliado para evitar quaisquer abordagens de cunho político ou intolerante. Alguns artistas realizarão layouts em conjunto. A previsão é que a intervenção seja concluída no domingo (7).
A história do grafite no Rio de Janeiro começa ainda na década de 1980. Na época, os artistas Ema, Eco e Akuma foram pioneiros e, até hoje, são referência entre os grafiteiros mais jovens. Além deles, Aila Ailita é considerada a primeira mulher grafiteira do Estado.
“Esse projeto da Prefeitura valoriza uma expressão cultural que é muito presente na cidade. Niterói tem muitos artistas, muitos grafiteiros e grafiteiras, e poder expor o nosso trabalho em uma das ruas mais movimentadas da cidade é uma forma do público nos conhecer e valorizar a nossa arte. Também é um encontro das grafiteiras e grafiteiros, antigos e novos, através do mapeamento feito pelos artistas em conjunto com a FAN”, explica a artista Aila Ailita.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.