Mestre Bujão: capoeira com responsabilidade social e inclusãoDivulgação
Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física: instituições reforçam importância da data
Apesar das conquistas legislativas e sociais nas últimas décadas, muitas pessoas ainda enfrentam barreiras físicas e sociais
Niterói - Em 11 de outubro é celebrado o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física, uma data que busca conscientizar a sociedade sobre a importância da inclusão e acessibilidade para todos. Apesar das conquistas legislativas e sociais nas últimas décadas, muitas pessoas ainda enfrentam barreiras físicas e sociais que dificultam sua plena participação na sociedade.
As estatísticas são alarmantes: o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa 8,9% de toda a população brasileira a partir de dois anos. Ou seja, uma parcela significativa enfrenta dificuldades cotidianas devido à falta de acessibilidade em espaços públicos e privados. Essa realidade demanda um olhar atento e comprometido para a promoção de um ambiente mais inclusivo.
O fundador do Instituto Gingas, David Bassous, conhecido como Mestre Bujão, trabalha a capoeira e a acessibilidade e salientou que a luta da pessoa com deficiência possui um pano de fundo muito mais amplo, o da inclusão. “Mesmos as pessoas típicas, ditas normais, na medida em que envelhecem, também vão ficando mais propensas a condições de deficiência ou análogas a elas. Nossa missão é criar um ambiente acolhedor onde todos possam se expressar livremente, aprender e crescer juntos. Estamos empenhados em derrubar barreiras e construir um futuro mais inclusivo, onde a arte e a cultura sejam acessíveis a todos”, ponderou.
A acessibilidade vai além da instalação de rampas e corrimãos; trata-se de criar um ambiente onde todos possam se sentir bem-vindos e respeitados. Para os comerciantes, por exemplo, adotar medidas de acessibilidade não é apenas uma questão legal, mas também uma oportunidade de expandir seu público e fortalecer sua imagem.
“Nossos laboratórios são pensados para ter um fluxo acessível. A unidade do Ingá, por exemplo, é 100% acessível. Todo o seu fluxo, do atendimento, coleta e deslocamento, atende os critérios da acessibilidade, atendendo a nossa preocupação para a circulação fácil de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, nos preocupamos com o treinamento dos funcionários para atender pessoas com deficiência, entendendo suas necessidades e oferecendo um atendimento de qualidade e respeitoso”, detalhou a diretora médica patologista clínica do Laboratório Bittar, Dra. Christina Bittar.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL-Niterói), Luiz Vieira, pontuou a importância de fornecer condições de acessibilidade, para funcionários e para o público. “As empresas precisam se preparar, porque na realidade é um mercado consumidor grande e que muitas vezes o empresário não se preocupa com isso. E existe uma questão da responsabilidade social de cada empresa. Tenho certeza absoluta que o empresariado cada vez mais está consciente da importância desse segmento da população que merece todo o nosso carinho e respeito”, finalizou.
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