Niterói: moradora de Niterói acaba de ser contemplada com o prêmio Start up - Top 10- COP30, na categoria Troféu Rede Mulher Florestal,Divulgação
Pesquisa de bioplástico da casca da castanha brasileira ganha prêmio na COP30
Suiana Sasse Hasselmann, moradora de Niterói, acaba de ser contemplada com o prêmio Start Up - Top 10 - COP30, na categoria Troféu Rede Mulher Florestal
Niterói - A empreendedora Suiana Sasse Hasselmann, moradora de Niterói, acaba de ser contemplada com o prêmio Start Up - Top 10 - COP30, na categoria Troféu Rede Mulher Florestal, através da pesquisa do bioplástico da casca da castanha do Brasil, desenvolvida em parceria com o SENAI.
O bioplástico já teve sua notoriedade no Painel da ONU, em 2022; no Science Summit Unga 77, no debate sobre biotecnologia; e agora novamente a Start Up ganha espaço, desta vez na COP30.
Além da premiação, Suiana participará como palestrante na COP 30 nos dias 15 e 20 de novembro, onde falará sobre essa tecnologia e mais outras três desenvolvidas para atuar nas cadeias produtivas da Amazônia através do Programa Castanheir@s. Suiana trabalha na Amazônia a mais de 20 anos e a pesquisa sempre foi uma tendencia. Nesse momento desenvolve como gestora coparticipativa do Programa Castanheir@s, numa área de mais de um milhão e trezentos mil hectares de reserva Florestal no sul do Amapá, com três cooperativa e três associações, cuja ponta da cadeia produtiva é o bioplástico. "Parcerias com Niterói já foram ventiladas e tudo leva a crer que, dentro do projeto náutico, essa parceria ganhe corpo", informou o representante da empreendedora niteroiense.
SOBRE O BIOPLÁSTICO DA CASTANHA
Em média uma castanheira jorra 1000 litros de água na floresta, ajudando a formar os famosos "Rio voadores", que promovem as chuvas na Amazônia e percorrem pelo Noroeste, o sudeste do Brasil e terminam no oceano Atlântico. Contribuindo de forma expressiva para o equilíbrio climático do nosso planeta. Dessa maneira a nobre árvore que vive em média 500 anos tem muito a contribuir com o mundo, não só pelos seus frutos, como também com seus "dutos" de chuvas.
Hoje na Amazônia, das 400 organizações mapeadas, 30% delas estão dentro da cadeia produtiva da Castanha do Brasil e a castanha do Brasil exporta em torno de 36 mil toneladas ano. Sendo que 1/3 da castanha do Brasil é casca. A partir desse conhecimento surgiu a pesquisa do bioplástico que, devido a propriedades própria da casca da castanha, permite substituir o plástico sintético inclusive na área náutica - como está sendo direcionado a pesquisa nesse momento, assim como a produção de óculos. Mas não para por aí, o bioplástico pode ser utilizado na construção civil, na construção de computadores, e na moda, entre outras utilidades. Uma gama de mercado em que está presente o plástico e, consequentemente, o lixo plástico.

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