Por leandro.eiro

Brasília - Muito badalado e esperado, o HR-V já foi Vezel e circulou, como escultura, nos Salões mundiais de automóveis dos últimos dois anos, inclusive no de São Paulo.

Design e mecânica são os pontos fortes do HR-VDivulgação


A marca mostrou a novidade aos poucos e apresentou o interior meses atrás. Já lançado nos Estados Unidos, com diferenças em conteúdo e motores, o SUV compacto é a maior aposta da Honda nos últimos anos. Já circula no Japão, como Vezel mesmo e na China, feito pela Dongfeng, com grande sucesso, sob o nome XR-V.

A carroceria SUV é preferência mundial e o Hondinha tem tudo para emplacar por aqui também, no rastro do sucesso do Ford Ecosport e do Renault Duster.

Interior segue o padrão dos modelos Honda no BrasilDivulgação


Excitadíssima com seu lançamento do ano, a Honda não poupa elogios ao filhote HR-V, o crossover compacto que chega com status de alavanca para vendas mais polpudas nesses meses de vacas magras e pneus finos. O novo modelo, um típico crossover, vai utilizar no Brasil o propulsor do Civic, 1.8 litro com comando de válvulas variável i-VTEC e até 140 cv e terá três opções e acabamento e duas de câmbio: manual seis marchas e CVT com simulação de sete velocidades. A lamentar é a tração dianteira, enquanto que nos EUA o modelo usa tração integral permanente acoplada ao motor 1.5 que equipa o City.

Estamos hoje no lançamento do carro em Brasília onde vamos conhecê-lo com mais vagar,em curso urbano e rodoviário. Por enquanto dá para revelar que o novo Honda tem acabamento de bom nível desde a versão de entrada, a LX, única com o câmbio manual e a opção de CVT. Nas demais, a EX, que deve concentrar o maior volume de vendas e a ELX, a topo de linha, somente câmbio CVT simulado. Com articulação nos bancos traseiros, pode transportar volumes grandes como pranchas de surfe. Em posição normal, o porta-malas leva até 437 litros, segundo dados do fabricante.

O HR-V pacote Brasil tem motor 1.8 e tração dianteiraDivulgação


No mais, além dos detalhes nos plásticos e acabamentos de bancos, todos têm o freio de estacionamento eletrônico, que extinguiu a alavanca e aumentou o espaço, banco do motorista com regulagens de altura, volante com regulagens de altura e profundidade, ar-condicionado, assistente de partida em rampa, freios ABS com distribuidor eletrônico de frenagem, som com bluetooth e comandos no volante, direção elétrica e os airbags e freios a disco nas quatro rodas. Nas versões mais caras vêm ainda LEDs indicadores de direção nos retrovisores e na EXL os bancos são forrados em couro, o ar condicionado é digital em uma zona com comandos em tela de toque. Esta versão oferece a tela LCD multimidia de sete polegadas com câmera de ré e os retrovisores com rebatimento elétrico. Os cada vez mais requisitados 'paddle-shifts' para mudanças de marcha através de borboletas na coluna de direção estão nas versoes EX e EXL. Veja os preços: LX MT – R$ 69.900,LX CVT – R$ 75.400,EX CVT – R$ 80.400, EXL CVT – R$ 88.700.

Na mira do Hondinha o EcoSport, que custa entre R$ 57,5 mil e R$ 82 mil e o Duster, que sai desde R$ 55,4 mil até R$ 72,4 mil, (na tabela Fipe) com o detalhe que os dois concorrentes oferecem tração 4WD entre suas versões.

Com recortes elegantes na carroceria%2C o HR-V tem bom acabamento e as maçanetas traseiras na coluna 'C'Divulgação


E o irmão maior, o CR-V

Ele é feito no México e, embora não pague impostos de importação, por conta do acordo bi-lateral, é cotado em dólar e neste momento não faz grande sucesso entre os brasileiros.

O SUV, vendido em três versões, todas 2.0 automáticas, duas opções de tração, 4X2 na LX e na EXL e 4X4, só na EXL .O Brasil é ainda o único país do mundo que vende este modelo com motor 2.0, enquanto o projeto original o equipa com o 2.4 do Accord. Faltou força por questões tarifárias.

Redesenho do CR-V não agradou e modelo está mal nas vendasDivulgação


Se usasse o motor original, iria custar ainda mais do que pede: R$ 98,9 mil a LX a R$ 115,9 mil a EXL completa, faixa de preços que desvia os olhares para outros orientais mais ‘espertos’ e acessíveis.

Por conta disso, amarga a 41ª posição no mercado nacional de SUVs, que está inflacionado de ofertas (veja ao lado) e aponta para a descontinuação. O HR-V, neste caso seria a solução natural. Bem acabado, equipado, nacional e com partes do Civic, cairá como uma luva e venderá mais do que as 64 unidades emplacadas este ano.

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