Por julia.amin
Brasília – As intervenções do Banco Central, que fez dois leilões de venda de dólares no mercado futuro, foram insuficientes para reverter a desvalorização do câmbio. A moeda norte-americana fechou o dia em R$ 2,1479, com alta de 0,71%.
Apesar de não fazer o dólar cair, o Banco Central conseguiu desacelerar a subida do câmbio. Por volta do meio-dia, antes do anúncio do primeiro leilão, a cotação estava em R$ 2,1572. A moeda norte-americana chegou a cair para R$ 2,1366, por volta das 13h, quando atingiu a mínima do dia, mas o câmbio voltou a oscilar nas horas seguintes até o fechamento do mercado.
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Essa foi a primeira vez no ano em que o Banco Central interveio no câmbio duas vezes no mesmo dia. A autoridade monetária leiloou US$ 2,114 bilhões em operações de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
Nos últimos dias, a alta da cotação da moeda americana ocorreu devido a indicação de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) reduzirá os estímulos monetários que têm impulsionado a economia dos Estados Unidos nos últimos anos. Com a diminuição do volume de dólares em circulação, a moeda torna-se mais cara, o que afeta as cotações em todo o mundo.
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Além dos leilões de dólares no mercado futuro, o governo brasileiro anunciou, no início deste mês, a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%.
A mudança estimula a entrada de recursos externos e, por consequência, ajuda a conter a alta do dólar. Um dólar mais estável é importante como uma das ferramentas para ajudar o governo a combater a inflação com o auxílio de produtos importados. Se o dólar está mais alto, os preços de produtos importados mais elevados são repassados aos consumidores no mercado interno.