Brasília - Os manifestantes que invadiram o Palácio Itamaraty deixaram o prédio, retirados pela Polícia Militar (PM). Enquanto permaneceram no local, eles quebraram vidraças e puseram fogo no interior do prédio. As chamas já foram apagadas.
Pelas estimativas da PM, 20 mil pessoas participam do protesto em frente ao Congresso Nacional. Um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio em frente ao Congresso e os policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los.
Mais cedo, uma pessoa foi detida por ter furado o cordão de isolamento e entrado no prédio do Congresso Nacional, segundo a Polícia Legislativa.
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu com três estudantes da Universidade de Brasília (UnB) para tentar mediar um encontro com lideranças do movimento. Porém, não houve nenhuma definição. "O importante é deixar uma vez mais claro que o Parlamento continua aberto ao povo. E o Parlamento terá a humildade e a compreensão que a política tem que ser reinventar sempre. A maior demonstração que o Parlamento pode dar como Casa do povo é estabelecer nova agenda em função das manifestações", disse Renan.
No início da noite, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, deputado André Vargas (PT-PR), disse que uma das dificuldades em conversar com os manifestantes é a falta de uma liderança. "Havendo possibilidade de uma reunião com líderes vamos fazer. Não estamos encontrando ninguém com essa representatividade", disse.
O protesto, organizado por meio das redes sociais, é contra os gastos públicos com a Copa das Confederações, defende mais recursos para educação e saúde e contra a PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público. O movimento não tem lideranças única e é apartidário, segundo os participantes.