Por helio.almeida

São Paulo - O plebiscito proposto pela presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira para realizar a reforma política pode ocorrer em 7 de setembro ou 15 de novembro. As datas foram sugeridas entre a presidente, 27 governadores e 26 prefeitos de capitais durante o encontro em Brasília.

Presidenta em reunião com um dos movimentos que iniciou protestos pelo BrasilDivulgação

As datas são, respectivamente, Dia da Independência e da Proclamação da República. O plebiscito, que é uma consulta popular realizada antes de uma lei entrar em vigor, tem cinco pontos que irá questionar se a população é favorável ou não à convocação para mudar a lei.

Das cinco medidas concretas anuciadas, a reforma política é considerada a mais ousada. Segundo a proposta, "a participação popular e amplie os horizontes da cidadania", disse a presidenta. Dentro, há a tipificação da corrupção dolosa (quando há intenção) como crime hediondo.

Além da reforma política, as outras quatro propostas são:

- Responsabilidade fiscal
Garantir a estabilidade da economia em eio à crise

- Sistema de saúde
Investimentos em hospitais e contratação demédicos

- Transporte público
Foi anunciado R$ 50 bilhões para mobilidade urbana

- Educação
Dilma propôs 100% dos royalties do petróleo ao setor

Aécio (centro)%2C Freire (à esquerda%2C de óculos) e Agripino Maia (à direita) criticaram medidas que Dilma anunciouDivulgação

A oposição, liderada pelo senador Aécio Neves, pré-candidato à Presidência pelo PSDB ano que vem e presidente de seu partido, reagiu imediatamente ao pronunciamento da presidenta e soltou nota oficial com críticas aos ‘pactos’.

Ao lado dos presidentes do DEM, senador José Agripino Maia, e do PPS, deputado Roberto Freire, Aécio propôs a criação de uma “CPI das obras da Copa do Mundo” e “a abertura dos gastos das viagens presidenciais”.

Proposta sem detalhes

O deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da proposta de reforma política atualmente em discussão na Câmara, defende que o Congresso vote até o dia 5 de outubro. A proposta ainda não foi detalhada pelo governo federal.

O aumento da tafira do ônibus foi o estopim para a explosão de protestos pelo Brasil pedindo a volta do valor antido do transporte público. A mobilização começou em Porto Alegre, ganhou notoriedade em São Paulo e e mostrou a grandiosidade no Rio de Janeiro. O atos públicos começaram pacíficos e acabaram violentos, com confrontos com a polícia.

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