Por paulo.gomes

Rio - Já falei e não me canso de repetir: dá vontade de dar um grito a cada vez que escuto alguém do PT do Rio dizer que é normalzinho o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, reunir os colegas petistas para ‘fortalecer’ a “integração” com o governador. Aí, sempre que posso, pergunto a algum petista graduado: “Vem cá, é isso mesmo? Pode?” O último foi o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, com quem troquei um dedo de prosa semana passada por conta da ‘voz das ruas’, etc e tal.

Disse o homem: “Pelo menos oficialmente, no partido, ninguém se manifestou contra a pré-candidatura de Lindbergh. Nem contra Rodrigo. Ele pode questionar. É democrático. A gente não vai botar tarja na boca de ninguém”. Claro, claro, mas insisti, docemente: “Na boa, Cantalice, vai dizer que não há nem um mal-estarzinho com essa movimentação nos bastidores?” E ouvi, finalmente, uma resposta franca de um petista: “Ok, há um ranger de dentes com Rodrigo. Mas o PT não tem unanimidade, sempre haverá discussões acaloradas”. Jura?

Até o Rui!

Outro petista graduado conta que até o presidente do PT, Rui Falcão, está bem infeliz com o exercício exagerado da democracia no diretório do Rio. Tão infeliz que já fez o prefeito de Niterói saber que o melhor agora é parar de apoiar a aliança com o PMDB com tanta, digamos, veemência, e deixar que a nacional decida o que será melhor para o PT fluminense em 2014. Até porque ano que vem vai valer o que for melhor para a presidenta Dilma. Ou não?

Toma lá...

Mas, como Lindbergh também não é, exatamente, homem de perdoar fácil quem lhe parte o coração, já tem gente prevendo o que pode acontecer ano que vem. Diz um outro petista, gaiato: “Não duvido que, quando Lindbergh começar a subir nas pesquisas, Rodrigo vá virar para ele e falar: ‘Eu tinha que governar, tô contigo agora...’ O que o senador vai dizer? ‘Claro!’ Só que, se for eleito, Lindbergh vai começar a não atender o telefone quando Rodrigo ligar, Niterói vai demorar a ter verba do governo do estado...”

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