Por julia.amin

São Paulo - A Avenida Paulista, em São Paulo, parou por conta de um protesto de cerca de 500 pessoas solidárias às manifestações contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) no Rio. A manifestação começou pacífica às 19h50, com a interdição parcial da via e ruas vizinhas. Mas, às 19h30, manifestantes com rostos cobertos começaram a depredar e pichar agências bancárias, e uma hora depois houve confronto com PMs. Um dos gritos de guerra era “o carioca é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”.

Paulistas pedem impeachment do governador carioca Sergio Cabral Reprodução Internet

Até as 21h30, nove bancos haviam sido atacados, além de uma base da PM. Manifestantes também picharam a Estação Trianon-Masp, do metrô. Uma concessionária foi depredada, e um veículo da TV Record, atacado. Barras de ferro foram usadas para os atos de violência, e a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para desbloquear a Paulista. O trânsito ficou caótico, e motoristas deram marcha a ré para fugir do tumulto.

O protesto também era contra a reação da PM do Rio a manifestações e exigia explicações para o sumiço do pedreiro Amarildo Silva, 42 — ele desapareceu em ação policial na Favela da Rocinha.

Outro slogan era “Alckmin, pode esperar, a tua hora vai chegar”, em referência ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Comércio fechado, recorde de engarrafamento e chuva

Pouco antes das 21h, os manifestantes voltaram a fechar a Avenida Paulista, o que levou lojas, academias e bares da região a fechar as portas. Ao mesmo tempo, São Paulo ainda enfrentava engarrafamento recorde, de 300 km, causado por um acidente com três carros, às 14h30, na Zona Leste — uma pessoa morreu, e duas ficaram feridas. Tudo isso agravado pela chuva.

Em Belo Horizonte (MG) um grupo de 50 pessoas fechou ruas em solidariedade aos protestos do Rio.

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