Goiás - Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, de 27 anos, acusado de matar o cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vila Boas, pode receber alta da clínica psiquiátrica onde está internado, em Goiânia (Goiás). A decisão foi emitida na última quarta-feira, pela juíza Telma Aparecida Alves, da 4ª Vara de Execuções Penais. Cadu confessou ter cometido o crime, em 2010.
Para o magistrada, Cadu, que tem esquizofrenia, pode passar a fazer tratamento ambulatorial, em vez de ficar internado. A medida é embasada na avaliação médica do Tribunal de Justiça de Goiás, feita em junho, em que o rapaz recebeu parecer favorável à liberação. Cadu não foi julgado pela acusação de duplo homicídio porque a Justiça o considerou incapaz de perceber a gravidade de seus atos.
Glauco e o filho foram assassinados no sítio onde o cartunista morava, em Osasco (SP). O rapaz invadiu e atirou contra as vítimas. Os três frequentavam a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, que segue a doutrina religiosa do Santo Daime. No dia do crime, o jovem estaria sob efeito de maconha e haxixe.
Cadu também foi acusado de três tentativas de homicídio contra agentes federais, roubo, porte de arma com numeração raspada e tortura. Ele foi preso ao tentar fugir para o Paraguai, quando seguia pela Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR). Ele foi levado para o Complexo Médico Penal do Paraná e transferido para Goiânia.
