Por bferreira

Rio - Quanto mais a polícia de São Paulo divulga o que considera avanços na investigação na chacina da família Pesseghini, mais a descrença na versão oficial para o crime toma as redes sociais. Agora, uma vizinha da família assassinada na madrugada de segunda-feira afirma que, horas depois do crime, viu dois homens — entre eles, um PM fardado — pularem o muro de casa dizendo que havia mortos no local.

O depoimento da vizinha tumultua ainda mais a explicação do crime apresentada pela Polícia Civil, que está convencida de que foi Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, que matou o pai e a mãe — ambos PMs —, a avó e a tia-avó e depois se matou — todos os mortos, incluindo o menino receberam um único tiro. Segundo o relato da vizinha, os dois homens saíram da casa dos Pesseghini por volta de meio-dia de segunda-feira, e a polícia só chegou depois das 18h.

“Eu sabia que ela (Andréia) estava investigando alguma coisa errada aqui”, disse a vizinha. Outra contradição importante que surgiu ontem foi o novo depoimento do comandante do 18º, onde a cabo Andréia Bovo Pesseghini, 36, era lotada. Menos de 24 horas depois de dizer que a mãe de Marcelo havia denunciado PMs envolvidos com o roubo de caixas eletrônicos, o coronel Wagner Dimas disse ontem à Corregedoria da Polícia Militar que nenhuma acusação foi formalizada. O pai de Marcelo, sargento Luís Marcelo Pesseghini, 40, era da Rota. Um PM disse ontem à polícia que o sargento ensinou o filho a atirar.

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