Por julia.amin

São Paulo - Em entrevista no aeroporto de Congonhas, nesta segunda-feira, a emissoras de rádios em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou a importância das manifestações para a aprovação da destinação dos royalties do petróleo para a educação. Ela garantiu que os protestos criaram um ambiente político no país e pressionaram a Câmara a aprovar a proposta, fato que ocorreu na última quarta-feira.

Dilma em evento sobre mobilidade urbana em São Bernardo do CampoMurillo Constantino / Agência O Dia


"Conseguimos aprovar. Eu tenho certeza que o ambiente político que se criou no Brasil após as manifestações ajudou muito", disse Dilma. Ela anunciou que a nova lei, que ainda precisa ser sancionada por ela, vai aumentar investimentos em creches, na capacitação de professores, criação de universidades no interior e alfabetização na idade certa. Em 2014, os royalties devem acrescentar R$ 1,4 bilhão ao orçamento da educação. Já em 2016, R$ 6 bilhões e R$13 bilhões em 2018. No entanto, diferentemente do que foi proposto no início pela presidenta, o Congresso destinou 25% dos royalties para a saúde 

Os outros pactos

Dilma falou que a educação faz parte dos cinco pactos propostos por ela em resposta as manifestações. Ela citou também a pesquisa do Ibope, em que 85% dos entrevistados apoiam mudanças no sistema eleitoral e 84% acham que essa reforma política proposta pela presidenta deve valer ano que vem.

A presidenta lembrou também do compromisso em não criar despesas que ultrapassem as receitas, ou seja, responsabilidade fiscal. "Só podemos fazer aquilo que temos dinheiro necessário e não coloque em risco a estabilidade financeira e a macroeconomia do país e o controle da inflação", anunciou a presidenta que acredita que isso é a "condição para os demais pactos".

A respeito da contratação de médicos do exterior, Dilma está segura de que "vamos ter uma boa resposta".

Recentemente, o Mais médicos tem sido atacado pela categoria. Já existem 567 emendas para alterar as regras do programa, que permite a contratação dos profissionais do exterior sem a revalidação do diploma. Outra insatisfação diz respeito ao atendimentos obrigatório no SUS dos alunos de medicina.

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