Por julia.amin

São Paulo - "Estou plenamente convicto" , disse nesta quinta-feira o delegado Itagiba Franco, responsável pelas investigações da morte da família Pesseghini. Franco acredita que Marcelo matou os pais, a avó e a tia-avó - e depois suicidou-se. Nesta tarde a médica do menino, que sofria de fibrose cística, será ouvida pela polícia. Neiva Damasceno o acompanhava desde pequeno. 

Momento em que Marcelo mexe em algo na cinturaReprodução TV


Novas imagens de câmeras de segurança foram divulgadas nesta quinta-feira. Marcelo é visto deixando o colégio com dois amigos. Em seguida, o menino atravessa a rua e para ao lado do carro da mãe. Suspeita-se de que o jovem tenha ido até o colégio com o veículo. Marcelo, então, volta para a escola e mexe agumas vezes em algo na cintura. A polícia quer descobrir se Marcelo tinha uma arma escondida e se ele levou o objeto para a sala de aula.

Na quarta-feira, dois adolescentes, amigos de Marcelo do Colégio Stella Rodrigues, contaram para os investigadores que o menino confessou o crime antes de cometer suicídio. Um dos jovens disse que Marcelo perguntou se ele sentiria sua falta caso morresse. Das 35 testemunhas que já deram depoimentos para a polícia, 11 delas eram colegas do garoto.  

Para a polícia, Marcelo matou o pai, o sargento da Rota Luís Pesseghini, a mãe, a cabo da PM Andréia Regina Bovo Pesseghini, a avó Benedita de Oliveira Bovo, e a tia-avó Bernadete Oliveira da Silva. Os crimes ocorreram entre a noite do dia 4 e a madrugada do dia 5. A investigação aponta que, depois, Marcelo foi para a escola com o carro da mãe de madrugada, assistiu às aulas pela manhã, retornou de carona para a residência da família na Brasilândia, e matou-se.


Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Blazek, as evidências apontam para Marcelo como autor do crime. "Infelizmente é uma situação que nem todos gostariam que fosse realidade [a autoria do garoto no crime], mas a investigação policial busca a verdade. Nós não buscamos aquilo que o clamor da sociedade assim entende", disse ele nesta quarta-feira. "Todas as provas apontam para isso para o garoto. Os depoimentos também vão na mesma linha. A polícia não explica o motivo, o papel da polícia é apontar quem fez", complementou. Espera-se que os laudos fiquem prontos na próxima semana. 

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