Por julia.amin

Coari - A CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes ouviu, nesta terça, dia 27, na Câmara, o prefeito de Coari (AM), Adail Pinheiro, acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes. Ele começou a ser investigado pela Polícia Federal (PF) em 2006 por suposto desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em 2009, foi preso por corrupção de menores e improbidade administrativa. Em depoimento na CPI, presidida pela deputada federal Érika Kokay, disse que sua prisão foi injusta, uma armação da oposição e que todas as denúncias são mentirosas.

Questionado pela relatora, deputada federal Liliam Sá, por ter demitido os conselheiros tutelares de Coari- eram quatro (oficiais) e hoje só existem voluntários - Adail Pinheiro respondeu que eles foram nomeados irregularmente pelo prefeito anterior. A deputada perguntou: “como irregularmente se eles foram eleitos pela população? Coari é o município que recebe mais royalties do petróleo fora do Sudeste. Use essa verba para aparelhar os Conselhos Tutelares. Mas ao invés disso, o senhor se cerca de pessoas que estão sendo acusadas desse crime bárbaro”. O prefeito ficou surpreso com a reação da relatora e disse: “calma, deputada”.

Liliam Sá questionou por que Adail mantém a ex-secretária de Ação Social Maria Lândia Rodrigues dos Santos, que está como assessora na Secretaria de Meio Ambiente, e é acusada de agenciar meninas para exploração sexual. Ela também é acusada de sequestrar uma menina para provocar aborto e de tentativa de homicídio de testemunhas contra o prefeito Adail Pinheiro. Primeiro, o prefeito disse que acreditava na inocência de Maria Lândia. Depois, afirmou que vai resolver a situação dela.

A relatora disse que vai pedir intervenção da Secretaria de Direitos Humanos no município de Coari para proteção dos direitos das crianças e adolescentes devido à demissão dos conselheiros tutelares.

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