Por helio.almeida

Bahia - Um protesto do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) terminou com tiros e acusações. Integrantes do grupo apontam o subsecretário Ari Pereira como o autor de disparos efetuados na manhã desta terça-feira na sede do órgão, em Salvador.

Subsecretário aponta arma para manifestantes%2C mas disparo teria sido efetuado por um funcionário da CasaDivulgação

Os manifestantes pedem agilidade nas investigações sobre a morte de um integrante do MST, assassinado no município de Iguaí. Segundo a polícia, o professor Fábio dos Santos Silva estava em um carro com esposa e uma criança, quando foi abordado por pelo menos um homem em uma motocicleta, que efetuou os disparos.

A assessoria da SSP-BA informou que o clima ficou tenso no local quando parte dos manifestantes entrou no prédio com facões e tentou subir até as salas. Tiros de arma de fogo foram disparados. O subsecretário aparece em uma foto apontando uma arma para os manifestantes, mas a assessoria disse que o disparo não foi efetuado pelo subsecretário, mas sim por um funcionário da Casa, que atirou depois de que manifestantes quiseram pegar a arma dele.

Sobre o caso o membro do MST divulgou uma nota de pesar pela morte do dirigente no site do movimento. No documento, a entidade afirma que o sem-terra já havia sido ameaçado de morte na região. Ainda de acordo com o MST, além de professor, o rapaz já foi candidato a vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Manifestantes dizem que após cinco meses, a Polícia Civil não esclareceu o assassinato e nós sabem que foi mando de um fazendeiro da região.

Manifestante do MST quando invadiram a Secretaria de Segurança Pública da BahiaDivulgação


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